Esse é o melhor resultado da série histórica do estado, superando o recorde anterior de US$ 10,94 bilhões em 2011.
As exportações baianas atingiram US$ 13,91 bilhões em 2022, com alta de 40% ante 2021, de acordo com as informações analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan). Já as importações chegaram a US$ 11,35 bilhões em 2022, alta de 41% na mesma comparação.
“O ano foi marcado pela valorização das commodities, provocada principalmente pelo aumento do consumo global, após a pior fase da pandemia de covid-19, e pela guerra no leste europeu. Apesar de a balança comercial ter sido impactada pelo encarecimento de itens importados da Rússia e da Argentina, como fertilizantes e trigo, a Bahia beneficiou-se da valorização do petróleo e seus derivados no mercado internacional, com o setor liderando as vendas externas do estado depois de quatro anos consecutivos encabeçados pela soja e seus derivados”, analisa o coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI, Arthur Cruz.
Esse resultado das exportações baianas no ano foi obtido, mesmo com o declínio mais recente dos preços, principalmente das commodities, devido à desaceleração do crescimento da economia mundial. O maior impacto positivo sobre as exportações decorreu da alta dos volumes embarcados que teve aumento de 25,6%, enquanto que os preços internacionais, mesmo com perda de força, também contribuíram positivamente, crescendo em média 11,3%. Do lado das importações, a quantidade comprada subiu 11,4%, já o preço saltou 26,6%.
Em relação às exportações, o setor com maior crescimento no ano passado foi o derivados de petróleo com incremento de 213,5%, seguido pela soja e seus derivados com aumento de 40,5%, nos dois casos puxados principalmente pelo aumento no nível do preço. No acumulado de 2022, as exportações da indústria de transformação, alavancadas pelo refino, cresceram 60,8%.
Foto: Mila Cordeiro/ AGECOM