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POPULAÇÃO DIVERGE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DE VACINA CONTRA A COVID-19

Redação - 09/01/2023 12:59 - Atualizado 09/01/2023

Uma pesquisa realizada pelo Sou_Ciência, centro de estudo sediado na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), e o Instituto de Pesquisa Ideia Big Data, em novembro, com 1.200 brasileiros, apontou que 45,9% dos participantes acreditam que vacinas contra a Covid-19 devem ser obrigatórias e 46,8% pensam o contrário.

Para Soraya Smaili, ex-reitora da Unifesp e uma das coordenadoras do Sou_Ciência, o dado da pesquisa é um alerta. “Esse dado é preocupante, porque ele dá uma indicação de que a questão de considerar a vacina um direito individual ganhou um pouco mais de espaço […] principalmente no segundo semestre de 2022.”

Smaili aborda que com o arrefecimento da pandemia, as pessoas passaram a enxergar que o risco em relação ao vírus que causa a Covid-19 diminuiu, havendo uma tendência menor na aceitação da vacinação como obrigatória em relação a outras pesquisas.

Outro dado preocupante é sobre o grau de confiança na eficácia da vacina. 30% dos entrevistados acreditam que as vacinas contra o Sars-CoV-2 ainda não têm comprovação científica. 52% têm confiança na eficácia dos fármacos.

O percentual pode ser explicado pela falta de campanhas informativas coordenadas entre instâncias federais, estaduais e municipais, para Smaili.

“Se [as campanhas] não estão acontecendo, certamente uma parcela da população não vai nem tomar consciência dos malefícios de não tomar a vacina”, afirma.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 

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