O aliado de Bolsonaro e principal responsável pela Polícia Militar de Brasília, que deveria proteger a praça dos três poderes, o secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres condenou os ataques ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.
Através de suas redes sociais, Anderson chegou a dizer que era o dia amis “amargo” de sua vida.
No comunicado, ele disse que “viveu o dia mais amargo” da vida pessoal e profissional e classificou os episódios de vandalismo como “caso de insanidade coletiva”. Mais cedo, a Advocacia-Geral da União pediu ao STF a prisão de Torres, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro. O secretário exonerado está de férias em Orlando, na Flórida, nos Estados Unidos.
No comunicado, Torres disse que os atos “são totalmente incompatíveis com todas as minhas crenças do que seja importante para o fortalecimento da política no país”. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbaries que assistimos. Estou certo que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seu responsáveis exemplarmente punidos”, afirmou.
No pedido para que seja preso, a AGU argumenta que os atos “importam prejuízo manifesto ao erário e ao patrimônio público e também causam embaraço e perturbação da ordem pública e do livre exercício dos Poderes da República, com a manifesta passividade e indício de colaboração ILEGAL de agentes públicos”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal após a ação dos terroristas. Segundo Lula, a intervenção é necessária porque policiais militares, que respondem ao governador do DF, Ibaneis Rocha, foram lenientes para conter os manifestantes.
Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília