A Bahia tem hoje 1,5 mil pessoas na fila para emissão de passaporte na Bahia, segundo dados da Polícia Federal (PF), órgão brasileiro responsável pelo controle da documentação.
A fila inclui pessoas que já passaram pelos postos de atendimento e aguardam a impressão e entrega do documento. As informações também só consideram os protocolos que tiveram atendimento a partir de 1º de dezembro. Ainda de acordo com a PF, no período foram 3.327 atendimentos e, até o momento, nenhuma entrega. Apesar de a passagem para Portugal ter sido comprada há meses, Cristianna não se preocupou em checar a documentação da filha com antecedência, afinal, os passaportes sempre são guardados no mesmo lugar na casa da família.
“Não consigo encontrar uma explicação, já que o passaporte sempre ficou guardado em um lugar específico. Passei três noites sem dormir, de tristeza e culpa por não ter percebido a perda do documento com antecedência”, relata a pedagoga. Logo que percebeu a falta do documento, Cristianna foi até a PF na tentativa de emitir um passaporte emergencial. Mais caro e com duração de um ano, ele costuma ser entregue em 24 horas. Portugal, no entanto, não aceita esse tipo de documentação para um estrangeiro dar entrada no país atualmente. A solução encontrada foi emitir um novo documento regular.
“O delegado federal me informou que a emissão de passaporte estava suspensa por falta de verba, que não foi liberada pelo Governo Federal para a impressão desse documento”, relembra. De fato, a motivação para o atraso é falta de verba para a confecção do documento. Mesmo com a falta de dinheiro para tal destinação, o agendamento online e o atendimento nos postos foram mantidos. No passaporte são registradas entradas e saídas em países, vistos e autorizações.
Essa não é a primeira vez que a PF suspende a entrega do documento para quem precisa viajar ao exterior. A falta de verba também foi a justificativa para a interrupção por seis dias do serviço. A liberação só voltou a acontecer depois que o Governo Federal destinou R$ 37,4 milhões para o Ministério da Economia, o que permitiu que as entregas voltassem a acontecer em 1º de dezembro.