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COMECE UM NOVO ANO COM NOVAS CARREIRAS

Redação - 26/12/2022 07:00 - Atualizado 26/12/2022

Dois mil e vinte e três está na porta e o começo de um novo ano estimula quem deseja começar uma carreira ou até mesmo mudar de área de atuação.

Mas afinal, quais as profissões estarão em evidência nesse ano que se inicia, qual a média salarial e onde buscar formação? O Correio ouviu especialistas e reuniu algumas tendências de carreiras que estarão em alta no próximo ano. 

A Especialista em Gestão Empresarial e professora dos cursos de Gestão Recursos Humanos e Administração da Unijorge Lorene Paixão Sampaio acredita que, para 2023, o mercado estará aquecido para as áreas tecnológicas, marketing, finanças, recursos humanos, jurídico e engenharia. Assim, profissões que estarão em alta são: Desenvolvedor de Softwares e Aplicativos, Analista de Inteligência de Mercado, Analista de Marketing Digital, Advogados Generalistas e Engenheiro de Dados e ESG.

Lorene lembra que o mercado está em constante mudança, buscando profissionais com visão estratégica, capazes de avaliar tendências e projetar cenários para criar soluções eficientes e atualizar produtos. “Além disso, o mercado industrial e digital está crescendo e criando oportunidades de recrutamento de profissionais nos setores de tecnologia, bens de consumo, infraestrutura, varejo e e-commerce, agronegócio e saúde”, esclarece. Um dos maiores especialistas em carreiras e mercado de trabalho do país, Jorge Martins afirma que independente do resultado e do momento econômico, mesmo que mais estagnado de uma maneira global, sempre tem oportunidades e áreas que ganham destaque.

“Já percebemos uma movimentação de empresas do setor de óleo e gás e também de energia renovável, por exemplo, que já estão nos acionando para buscar candidatos para o próximo ano. Na área de petróleo movimenta-se muito a área de engenharia. Já em energia renovável o destaque fica para profissionais que atuam em todos os setores, como os de geração, distribuição e comercialização”, aponta.

Jorge complementa que não se pode esquecer também o que já está em evidência há algum tempo, que é o setor de tecnologia, com destaque para desenvolvimento e programação e também Segurança da Informação e ESG, que vão crescer ainda mais. “Mas tem um fator muito importante que os profissionais esquecem é que não basta apenas estudar para essas carreiras. O mercado exige inglês. Sem o domínio do idioma, o salário cai muito ou pior, essa pessoa mesmo que seja boa, deixa de ser contratada”, chama atenção.

A professora de Comportamento Organizacional, Liderança e Gestão de pessoas do Coppead/UFRJ Liliane Furtado reforça que a tendência de digitalização, que já era uma realidade antes da pandemia, cresceu no período pandêmico e tem dado sinais de aceleração nesse momento de arrefecimento da pandemia. “Além disso, a transformação digital (e outras mudanças que as empresas cada vez mais precisam enfrentar) requer uma boa gestão de processos e projetos, o que também coloca os profissionais de Administração em destaque, particularmente aqueles que atuam na gestão de projetos”, pontua.

Liliane ressalta ainda que é inegável que a pandemia e tudo que ela provocou (isolamento social, perdas, teletrabalho, etc), trouxe uma maior atenção das pessoas (e também das organizações) com o bem estar e saúde física e mental. “Nesse sentido, carreiras e profissionais que abordam essas dimensões foram (e devem permanecer) impulsionadas, como por exemplo, a carreira de psicólogo”, avalia.

Projeto pessoal

A professora da Unijorge destaca que o profissional que deseja estar atuando em uma destas áreas para 2023 deve, inicialmente, preparar um bom projeto pessoal, analisar constantemente as tendências do mercado de trabalho, realizar pesquisas sobre a área, estudar, desenvolver o networking e não fechar as portas para oportunidades que podem ajudar no desenvolvimento pessoal e profissional.

Em relação à quando começar a buscar essas vagas, Jorge explica que o ideal era já ter começado, mas para carreiras em alta nunca é tarde. “As empresas começaram a buscar profissionais qualificados para áreas que estão em crescimento, como petróleo e energia renovável, mas sempre é necessário profissional qualificado, pois são áreas que estão em constante desenvolvimento e expansão. Isso não se aplica a apenas profissionais com nível superior. Nível técnico, como: técnicos em turbomáquinas, operador de guindaste, homem de área, técnico de manutenção, técnico de segurança do trabalho, entre outros, também serão bastante requisitados”, fala.

Jorge lembra que para quem quer buscar uma vaga, é necessário ter sempre o currículo e o Linkedin atualizados, bem como cursos de atualização sempre em dia. Além disso, vale ressaltar que, além das habilidades técnicas, as empresas têm olhado muito para habilidades pessoais como comunicação, flexibilidade, resiliência, visão estratégica e senso de novo.

Liliane Furtado sugere que a pessoa interessada em seguir uma carreira sempre avalie seus interesses e suas características para entender se tem compatibilidade com cada carreira e área profissional. “Cuidado com escolhas que tenham como critério eminentemente o aspecto financeiro. Leia muito sobre a área de interesse, e se possível, converse com pessoas que atuam nela, para ter uma noção mais aprofundada e qualificada sobre os prós e contras de cada carreira”, orienta.

Remuneração

Lorene Sampaio reforça que é a qualificação profissional que possibilitará o alcance de faixas salarias maiores, por isso se deve investir em boa faculdade, acompanhar as tendências da área e realizar cursos complementares que ajudem a aprimorar as competências. “A depender da área existem cursos com valores mais acessíveis, como os de curta duração (tecnólogos) e EAD que variam de R$ 99,00 a R$ 500,00 mensais”, diz. Ela lembra que os cursos presenciais e de longa duração (bacharelado) podem ter um custo de R$ 400,00 a 1.500,00 mensais. “Os cursos livres ou complementares é que possuem um investimento mais alto, existem cursos que variam de R$ 500,00 a 10.000,00”, complementa.

Liliane Furtado destaca quem atualmente, a área de TI é aquela que tem a média salarial mais alta. “Os valores podem variar de acordo com a subárea dentro de T.I. Por exemplo, de acordo com o Guia Salarial Robert Half 2023 (https://www.roberthalf.com.br/guia-salarial), desenvolvedores junior podem receber salários acima de R$ 6.000 e em posições mais seniores podem ganhar mais de R$ 15.000. Se o cargo for de gerente de T.I. os valores podem chegar até R$ 30 mil”, explica.

A professora lembra que há também a opção de trabalho remoto em outros países, com salários em moedas mais valorizadas que o real, e nesses casos, os rendimentos podem ser ainda maiores. “Profissionais de administração, por sua vez, quando atuam como gerente de projetos, podem receber, de acordo com o guia, salários entre R$ 13 mil e R$ 23 mil, a depender da cidade e o tempo de experiência”, afirma.

Psicólogos, de acordo com a tabela de honorários do Conselho Federal de Psicologia de 2022, têm valor do atendimento individual variando entre cerca de R$ 170 e R$ 500, a depender do tipo de atendimento e de outros fatores que podem influenciar os honorários.

Salários e performances

A média salarial nestas áreas varia entre R$ 5.000,00 a 35.000,00.

Os valores variam quanto a área e a posição deste profissional, podendo alcançar remunerações expressivas, como:

  • – Advogados Generalistas, de R$ 20. 000,00 até R$ 31.000,00;
  • – Analista de Inteligência de Mercado, de R$ 7.000,00 até 15.000,00.
  • – Engenheiro de Dados e ESG, de R$ 15.000,00 até R$ 35.000,00;
  • – Desenvolvedor softwares e aplicativos, R$ 12.000,00 até R$ 24.500,00;
  • – Analista de Marketing Digital, de R$ 6.000,00 até 20.000,00.

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