Devido uma portaria do atual governo, representantes políticos da Venezuela não podem viajar para o Brasil. A expectativa é que as relações sejam reestabelecidas no novo governo Lula
Por: Douglas Santana Ferreira
Desejo antigo de Lula (PT), o presidente da Venezuela Nicolás Maduro não poderá estar presente na posse do presidente eleito do Brasil, em 1º de janeiro. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a equipe do futuro governo já desistiu de trazer o político venezuelano que é ditador no país vizinho.
O motivo é uma portaria de agosto de 2019, publicada pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que impede a entrada de autoridades do alto escalão da Venezuela no Brasil. Bolsonaro reconheceu Juan Guaidó, líder da oposição, como chefe de Estado legítimo venezuelano.
De acordo com o texto, as autoridades venezuelanas estariam “atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”. A Venezuela é hoje o segundo país em número de refugiados, com 5,6 milhões, atrás apenas da Síria, em guerra civil desde 2011.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), chegou a telefonar para representantes do atual governo, mas a resposta à solicitação foi negativa. Segundo fontes diplomáticas, os impasses foram explicados, e a mensagem foi recebida com compreensão por Nicolás Maduro, diante da expectativa de restabelecimento da relação entre os países a partir de 2023.
Foto: AFP