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ALA DO PT QUER GLEISI HOFFMANN ENTRE OS MINISTROS DE LULA

Redação - 23/12/2022 07:20 - Atualizado 23/12/2022

A influência da presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, junto a Lula nas escolhas dos ministérios tem gerado críticas entre integrantes do próprio partido.

Parlamentares próximos ao presidente eleito se disseram “surpreendidos” com o poder de Gleisi, que, segundo eles, foi maior que o do ex-ministro José Dirceu.

Dirceu foi o “homem forte” de Lula na campanha de 2002 e do primeiro governo petista, no qual ocupou o cargo de ministro da Casa Civil. Na ocasião, foi dele a maior influência na montagem do governo.

Hoje, 20 anos depois, Gleisi é vista como a figura mais empoderada junto ao presidente eleito. A deputada vetou nomes e deve emplacar ao menos três indicados no primeiro escalão do governo: os deputados federais Márcio Macêdo na Secretaria-Geral da Presidência, Paulo Teixeira no Ministério das Comunicações e Paulo Pimenta na Secretaria Especial de Comunicação, que também terá status de ministério. Só o primeiro deles foi anunciado por Lula até agora, mas, segundo o colunista Lauro Jardim, os demais são dados como certos.

Há críticas dentro do próprio partido de que, para além do poder de Gleisi, as escolhas não estariam priorizando a “lógica da governabilidade”, mas sim a “lógica de interesses do PT”. Uma das preocupações desta ala é o desgaste que acontecerá se a senadora Simone Tebet (MDB-MS) ficar de fora da Esplanada dos Ministérios, depois de apoiar Lula no segundo turno e trazer votos importantes para sua vitória.

Como informou O GLOBO, Lula disse a membros do MDB que vai oferecer à senadora as pastas do Planejamento ou Meio Ambiente. Nesta quinta-feira, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) foi anunciado o ministro do Desenvolvimento Social, pasta que era desejada por Tebet e que concentra, por exemplo, a gestão do Bolsa Família.

Outro ponto criticado por um segmento do PT foi o acordo feito entre Márcio Macêdo e Gleisi, para que ela trabalhasse pelo seu nome na Secretaria-Geral. O combinado é que Macêdo fique no ministério até 2023, quando acaba o mandato de Gleisi como presidente nacional do PT. Em contrapartida, Macêdo deve assumir o comando do partido no lugar dela.

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