Ao longo deste ano, a Netflix passou por um turbilhão de emoções. Depois de viver o auge com um aumento expressivo no número de assinaturas, começou a passar por uma espécie de recessão devido a forte concorrência e a crise financeira mundial. Com isto, precisou rever suas fontes de receitas e passou a enxergar o que para eles parece ser uma problemática recorrente: o compartilhamento de senhas.
A partir de meados de março de 2023, entrará em testes nos Estados Unidos um recurso onde a Netflix rastreará os endereços IPs e os IDs dos dispositivos que acessarem a plataforma. Cada assinante será associado a códigos específicos.
Quando houver qualquer atividade considerada anormal para estas associações, o usuário será alertado e o sistema poderá bloquear o acesso. Ainda segundo o The Wall Street Journal, o objetivo da Netflix é tentar aumentar as receitas e barrar completamente os usuários que insistirem no compartilhamento.
O alvo está em cerca de 30 milhões de clientes com suspeitas de compartilhamento de senhas, na região da América Central. Extraoficialmente, tem sido dito que será aplicada uma multa de US$ 6,99 a cada vez que for verificado um acesso considerado indevido por parte do sistema.
Desde os primeiros meses de 2022, começaram as primeiras movimentações em torno de barrar esta prática comum. Agora é a hora de “acabar a mamata”, parafraseando com uma expressão conhecida do atual presidente Jair Messias Bolsonaro. Ainda de acordo com o The Wall Street Journal, apesar de ainda não ter divulgado, o compartilhamento de senhas já tem previsão para começar a ser proibido.
“Não se engane, não acho que os consumidores vão adorar logo de cara“. Disse Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, há duas semanas atrás durante um evento avisando que estas mudanças nos protocolos de segurança da plataforma causará barulho.
Foto: Frederick M. Brown/Vanity Fair
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