Os alimentos foi o maior vilão da alta na inflação dos produtos da Ceia, liderados pelas frutas. Presentes também puxam alta
Por: Douglas Santana Ferreira
O Natal está chegando, e para os brasileiros o sabor da Ceia será um pouco mais salgado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), houve um aumento de 16,48% nos alimentos que compõem a Ceia, isso nos 12 meses entre dezembro de 2021 e novembro deste ano.
Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), no mesmo período, a inflação média ficou em 4,53%. Se considerarmos os presentes da época, a “inflação de Natal” sobe para 11,03%. O pesquisador Matheus Peçanha, do FGV Ibre, apontou que há três anos os alimentos influenciam na inflação.
“Os pequenos produtores, que são os principais responsáveis por fornecer produtos à mesa do brasileiro, têm sofrido, perdido renda, sem conseguirem renovar a produção. Com isso, a gente teve uma redução de área plantada de diversos produtos de hortifrúti”, aponta.
Nos produtos alimentícios, as frutas tiveram a maior alta inflacionária em um ano (38%), acompanhada da farinha de trigo (30%) e da maionese (29,93%). O frango e o bacalhau subiram 11,88% e 11,63%, respectivamente. Já o lombo e o pernil suínos oscilaram 0,13% e 0,64%, no mesmo período.
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