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COM MARGARETH MENEZES, LULA ANUNCIA 16 NOVOS MINISTROS, MAS NÃO CONCLUI MONTAGEM DA ESPLANADA

Redação - 22/12/2022 13:00 - Atualizado 22/12/2022

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira, 22, mais alguns ministros para compor sua equipe.

A baiana margareth Menezes foi confirmada no ministério da cultura. A maior surpresa ficou por conta da confirmação do futuro vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) que acumulará agora suas funções com a de ministro da Indústria e Comércio.

A dez dias para a posse, porém, Lula ainda não concluiu a montagem do primeiro escalão, que terá 37 ministérios, por causa de embates políticos, cotoveladas entre partidos do Centrão e disputas por cargos nas fileiras do PT. Nesta quinta, confirmou 16 nomes. Eles se juntam a outros cinco membros do primeiro escalão que já eram conhecidos. Lula prometeu apresentar até terça-feira os nomes restantes.

Lula não cedeu à pressão do PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), porém, para emplacar um nome na Saúde, ministério que sempre foi “feudo” do partido. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, será ministra da Saúde. Nísia comandou medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19.

Marcio França (PSB) será ministro de Portos e Aeroportos, pasta que será desmembrada do atual Ministério da Infraestrutura. A pasta Desenvolvimento Social ficará com senador eleito Wellington Dias (PI). O PT resistiu a entregar a pasta para a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Nos bastidores, o argumento é o de que a pasta terá grande visibilidade e um orçamento de peso por abrigar o programa Bolsa Família. Trata-se da vitrine social do PT para o terceiro mandato de Lula.

Dirigentes do PT não quiseram fortalecer Simone porque avaliam que ela pode ser adversária do partido na próxima eleição presidencial, em 2026. Simone ficou em terceiro lugar na disputa ao Palácio do Planalto, mas no segundo turno apoiou Lula e levou o voto de centro para a campanha. À época, Lula disse que ela não voltaria para o Mato Grosso do Sul, sugerindo que ela comporia o ministério.

A ativista Anielle Franco, por sua vez, comandará a pasta de Igualdade Racial. Irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, Anielle trabalhou no gabinete de transição na temática “mulher”. O Ministério da Mulher será liderado por Cida Gonçalves. O professor Silvio Almeida foi confirmado ministro dos Direitos Humanos. “A gratidão do povo pelo governo que exercemos neste país até 2013 e até 2016, antes do golpe, foi reconhecida pelos homens, mulheres e negros deste país”, comentou Lula.

A vice-governadora de Pernambuco Luciana Santos (PC do B) ocupará Ciência e Tecnologia e a economista Esther Dweck ficará com Gestão. A ex-jogadora de vôlei Ana Moser será a titular de Esporte. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) será de Marina Silva, que já foi ministra da pasta no primeiro mandato de Lula, quando era filiada ao PT. Deputada eleita pela Rede, Marina quer agora que a Autoridade Climática, a ser criada, fique sob a estrutura desse ministério. Atualmente, o MMA já abriga uma Secretaria de Clima e Relações Internacionais. O relatório que o grupo ambiental do gabinete de transição concluiu, porém, aponta uma composição diferente, na qual a Autoridade Climática funciona como autarquia vinculada ao ministério.

Lula escolheu, mais uma vez, Alexandre Padilha para Relações Institucionais. O ministério é o responsável por fazer a “ponte” entre o Palácio do Planalto e o Congresso. Na articulação política, Padilha terá o auxílio de dois conhecidos parlamentares petistas: o deputado José Guimarães (PT-CE) será líder do governo na Câmara e, Jaques Wagner (PT-BA) ocupará a mesma função no Senado.

O deputado Márcio Macêdo (SE), que foi tesoureiro da campanha presidencial e é um dos vice-presidentes do PT, ficará com a Secretaria-Geral da Presidência. Com essa configuração, a chamada “cozinha” do Planalto terá domínio do PT.

Veja os nomes anunciados hoje:

  • Alexandre Padilha, ministro das relações institucionais
  • Márcio Macedo, ministro secretaria geral da presidência da República
  • Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União
  • Nísia Trindade, ministra da Saúde
  • Camilo Santana, ministro da Educação
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  • Esther Dweck, ministra da Gestão
  • Marcio França, ministro de Portos e Aeroportos
  • Luciana Santos, ministra de Ciência e Tecnologia
  • Cida Gonçalves, ministra da Mulher
  • Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social
  • Margareth Menezes, ministra da Cultura
  • Luiz Marinho, ministro do Trabalho
  • Anielle Franco, ministro da Igualdade Racial
  • Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos
  • Geraldo Alckmin, ministro da Indústria e Comércio
  • Vinícius Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União

Foto: Foto: Wilton Junior/Estadão

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