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ARRECADAÇÃO FEDERAL EM NOVEMBRO É A MAIOR EM 9 ANOS E SUPERA R$ 2 TRI NA PARCIAL DE 2022

Redação - 21/12/2022 14:48 - Atualizado 21/12/2022

A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas atingiu R$ 172 bilhões em novembro, informou nesta quarta-feira (21) a Secretaria da Receita Federal.

Na parcial do ano, superou a marca dos R$ 2 trilhões.

O resultado de novembro representa aumento real de 3,25% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 166,6 bilhões (valor corrigido pela inflação). Também foi o maior valor já registrado para meses de novembro (comparação considerada mais apropriadas por analistas) desde 2013, ou seja, em nove anos.

A série histórica tem início em 1995. A arrecadação de novembro de 2013, entretanto, foi marcada pelo ingresso de mais de R$ 20 bilhões por conta do programa de parcelamento de dívidas que ficou conhecido com Refis.

No acumulado de janeiro a novembro, ainda segundo os dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 2 trilhões. Em valores corrigidos pela inflação, totalizou R$ 2,03 trilhões, o que representa alta real de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 1,86 trilhão). Os números da Receita Federal mostram que essa foi a maior arrecadação, para o período de janeiro a outubro de um ano, desde o início da série histórica, em 1995.

Crescimento da arrecadação

De acordo com o órgão, o desempenho recorde da arrecadação neste ano está relacionado com o crescimento da economia brasileira, apesar da desaceleração nos últimos meses, e também com a alta da inflação e da taxa básica de juros, a Selic – que está no maior patamar em seis anos.

  • Em novembro, o Fisco informou que houve o recolhimento atípico de R$ 2 bilhões em Imposto de Renda e CSLL por empresas ligadas ao setor de “commodities” (produtos básicos com cotação internacional, como petróleo, minério e alimentos).
  • Com os preços desses produtos em alta, por conta da inflação, há um recolhimento maior de tributos.
  • No acumulado do ano, esse “recolhimento atípico” apontado pela Receita Federal – relacionado com a alta dos preços – atingiu a marca dos R$ 42 bilhões, contra R$ 39 bilhões no mesmo período do ano passado.
  • Em contrapartida, o governo lembrou que foram reduzidos tributos sobre combustíveis e sobre produtos industriais neste ano. Somente em novembro, o corte de impostos sobre combustíveis gerou uma perda de R$ 3,75 bilhões. Já a redução do IPI, perda de R$ 1,9 bilhão.
  • No acumulado dos onze primeiros meses deste ano, entretanto, a perda de receita dos cortes de tributos sobre combustíveis e produtos industriais somou R$ 37,4 bilhões.
  • A Receita Federal observou que o aumento dos juros básicos da economia nos últimos meses, atingindo o atual patamar de 13,75% ao ano, maior em seis anos, também impulsionou a arrecadação. De janeiro a outubro, o IRRF sobre Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 76,8 bilhões, com alta real de 62%.
  • A elevação da massa salarial foi outro fator que contribuiu positivamente para a alta da arrecadação, pois também foi registrado incremento nas receitas previdenciárias.

Foto: divulgação

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