O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, perguntou a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre qual teria sido o papel de Lula, nos bastidores, referente ao julgamento que tornou o orçamento secreto inconstitucional. As respostas dos magistrados são similares.
Eles têm dito que o presidente eleito queria que o caso fosse votado, mas afirmaram que Lula não atuou para que o orçamento secreto viesse a considerado inconstitucional, como ocorreu. Lira não deu sinais se acreditou no que ouviu.
Há, inclusive, temor entre petistas de que o presidente da Câmara credite a decisão do Supremo a uma articulação direta do governo eleito e queira dar troco. Integrantes do partido próximos de Lira entraram em campo na tentativa de acalmá-lo, especialmente após a decisão do ministro Gilmar Mendes, de determinar que os custos com o Bolsa Família fiquem fora do teto de gastos.
Como informou a coluna, há mais de um mês membros do governo Lula receberam recados do Judiciário de que havia um precedente no STF que poderia abrir caminho para o pagamento do benefício fora do teto sem a necessita de aprovar a PEC. As duas decisões do Supremo diminuem consideravelmente o poder de barganha de Lira.