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PALMEIRAS DEVE USAR PARTE DA VENDA DE ENDRIK PARA REFORÇOS

Redação - 16/12/2022 08:00 - Atualizado 16/12/2022

A primeira parte do valor da venda de Endrick para o Real Madrid ficará à disposição do Palmeiras em janeiro. O caixa reforçado, porém, não significa necessariamente que o dinheiro será revertido totalmente em novas contratações.

O Verdão vai receber cerca de 24,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 138 milhões) dos 35 milhões de euros (R$ 198 milhões) fixos que serão pagos pelos espanhóis em duas parcelas. A segunda está prevista apenas para 2024.

– Quando se vende atletas ou quando se recebe alguma premiação por questão de títulos tem o questionamento: “o que se faz com esse dinheiro”? O Palmeiras, como a grande maioria dos clubes de futebol no Brasil, não está nadando em mares tranquilos. Quando tomei posse recebi de gestões passadas muitos compromissos que precisam ser honrados. O Palmeiras honra todos os compromissos – afirmou a presidente Leila Pereira, em entrevista ao ge.

– Esse dinheiro será para os compromissos que herdei de gestões passadas, para continuarmos em dia com o nosso elenco, que é um investimento alto. Quanto mais você ganha, mais caro fica o seu elenco. Esse valor também é para mantermos em dia nossos compromissos. Com responsabilidade, o Palmeiras sempre está no mercado em busca de atletas para se fortalecer cada vez mais. Sempre com participação do departamento de futebol, do treinador. Este ano não teremos muitas contratações, mas são investimentos que estamos atentos para fazer – completou.

Dono de 70% dos direitos econômicos de Endrick, o Verdão terá o proporcional da sua primeira parte à disposição. Mas o desempenho do jogador continuará rendendo para o clube de acordo com os bônus – são mais 25 milhões de euros (R$ 141 milhões) previstos de acordo com metas esportivas no Brasil e depois na Espanha. A partir de janeiro, a diretoria deve discutir se uma parte do valor recebido poderá ser usado para abater a dívida do clube com a Crefisa em relação aos investimentos feitos pela empresa em contratações, principalmente nos primeiros anos da parceria. – Não estudamos ainda (a possibilidade) na entrada dessas receitas. Pode ser pensado em colaborar para quitar uma parte dessa dívida sem prejudicar o andamento do dia a dia do Palmeiras– disse Leila.

Atento ao mercado, o Palmeiras não deve ter grandes mudanças em seu elenco para 2023. A tendência é que o clube busque no mercado a contratação de até três novos jogadores. A negociação de Endrick, por outro lado, não inviabiliza a saída de outros jogadores nesta janela de transferências do início do ano. Pelo contrário. O entendimento do clube é que ainda existe a necessidade de buscar novas receitas no mercado sem mexer muito na estrutura do time comandado por Abel Ferreira.

– Pode ter novas vendas, sim. Nós somos extremamente organizados e sei exatamente quanto precisamos para o ano de 2023, e precisamos sim de mais receitas para cobrir todas as nossas despesas. Mas sem dúvida nenhuma que a venda do Endrick dá um alívio muito grande durante muitos meses do ano que vem – explicou a presidente.

– Eu não vou abrir mão de jogadores importantes para o nosso elenco. Nossa prioridade sempre é a conquista de títulos, mas precisamos de novas receitas. As principais receitas de um clube de futebol são venda de atleta, patrocinador, conquista de títulos, sócios-torcedores… Então mês a mês vamos fazer as nossas contas para honrar os compromissos – acrescentou.

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