A Bahia é uma das apostas do Sinprifert, entidade que representa os produtores nacionais de fertilizantes para reduzir a dependência externa em relação ao produto. Hoje, apenas 10% dos fertilizantes utilizados pela agricultura nacional são fabricados no país.
A turma quer aproveitar as incertesas do cenário de guerra e da desorganização das cadeias logísticas internacionais para mostrar que é preciso investir na produção nacional. Bernardo Silva, diretor executivo do Sinprifert, diz que um dos grandes obstáculos está na carga tributária, que é mais favorável aos produtos importados. Hoje o produto que vem de fora tem o ICMS zerado, enquanto o nacional para 8,4%. Houve um acordo com o Confaz para nivelar a cobrança em 4% e o apelo do setor é para que a decisão se mantenha, mesmo com as mudanças nos comandos dos governos estaduais e federal.
Bernardo Silva lembra a Bahia pode contribuir tanto com os produtos de origem química, quanto com os minerais. “A Bahia é muito importante pelo papel do agronegócio e por causa dos recursos minerais e o parque industrial que tem para a produção de fertilizantes”, diz. “Temos o Polo de Camaçari, com fábricas de nitrogenados, que podem transformar o gás natural do pré-sal ou da Bacia Alagoas e Sergipe”. Na mineração, Silva ressalta projetos em Candeias, Irecê e em Luís Eduardo Magalhães. Os dados mais recentes, de janeiro a junho, indicam que o estado hoje responde por 10% da produção nacional e 60% no Nordeste, com a produção de 2,7 milhões de toneladas de diferentes produtos. Mas a expectativa é que este volume aumente significativamente nos próximos anos. “A expectativa que temos é de que com melhoria de competitividade, estes projetos irão se expandir”, acredita Silva. ( Correio)
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