OCUPAÇÃO DE HOTÉIS DEVE CRESCER NA BAHIA DURANTE PERÍODO FESTIVO

Com receio, trade turístico espera que o novo secretário de turismo seja um nome técnico e não uma composição política

Por Tácio Caldas

Que o mês de dezembro movimenta o setor hoteleiro não é novidade. As festas de final de ano sempre atraem turistas para as regiões mais movimentadas do país e, com Salvador e região não é diferente.

De acordo com o presidente da Federação Baiana de Hospitalidade e Turismo do Estado da Bahia (Fetur), Silvio Pessoa, no período do réveillon a ocupação hoteleira deve ficar alta. “Em função da virada do ano, acreditamos que em Salvador, no litoral norte, em Porto Seguro e Ilhéus, nós tenhamos uma ocupação de 90%. Já em janeiro, por ser um período de oxidação, essa ocupação deve cair para 70% a 75% e no carnaval o número deve voltar a crescer, repetindo o período pré-pandemia, com os mesmo 90% de ocupação”, pontuou Pessoa.

Apesar dessa expectativa, a Fetur ainda tem receio de que os números sejam mais baixos. Isto porque, devido a alta dos combustíveis, o tráfego de turistas pode ser menor. “O que nos preocupa são as passagens aéreas já que o querosene está caro e isto pode afetar o tráfego de turistas nessas regiões, já que muitas pessoas tem evitado o transporte aéreo e optado pelo transporte terrestre, o que também tem sido prejudicado pelas fortes chuvas”, afirmou Silvio.

SECRETARIA DE TURISMO DA BAHIA

Com um novo governo é natural que hajam mudanças no secretariado e isto não passou desapercebido pelos olhos da Fetur. Segundo a Fetur é preciso reviver a Bahiatursa. “Nós não tivemos uma aproximação com o Governo do Estado nos últimos anos, que transformou a Bahiatursa em um simples órgão para fazer eventos para as cidades do interior. Ela (Bahiatursa) que nos orgulhava em outras administrações, hoje não tem site, banco de dados etc.”, afirmou Pessoa.

O presidente da Fetur ainda falou sobre as expectativas da federação e do setor hoteleiro para as mudanças nas secretarias do estado, em específico para a de turismo. “A gente está com muito receio de quem será o (a) novo (a) secretário (a) de turismo, porque ficar com uma secretaria inativa, uma secretaria que não tem dotação orçamentária, uma secretaria que já teve 0,5% e agora tem entre 0,14 a 0,15%. Esses recursos são apenas para manutenção dela própria. Esperamos que, para a secretaria escolham um nome técnico e não alguém que só venha para compor o quadro político daqueles que ajudaram na campanha do novo governador”, criticou Silvio.

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