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ITENS DA CEIA DE NATAL ESTÃO 25% MAIS CAROS EM SALVADOR E REGIÃO ESTE ANO

Redação - 14/12/2022 06:49 - Atualizado 14/12/2022

Os produtos de natal estão em média 25% mais caros. É o que mostra uma pesquisa do jornal Correio com base na inflação acumulada nos últimos 12 meses divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Protagonista na mesa natalina, o Chester aumentou, em média, 63%, sendo encontrado por R$ 85 em 2021 e R$ 129,99 em 2022. Na lista dos que mais encarecem ainda estão o leite (46,05%), ingrediente comum em sobremesas, e cebola (178,6%), usado na salada de maionese e farofa.

Dos 22 produtos listados no levantamento, 19 sofreram alta. O queijo do reino (14%) que no último ano estava à venda por uma média de R$ 113, agora encontra-se por R$ 129,99. O tradicional panetone (21%) segue a tendência: de R$ 6,99 para R$ 8,49. O aumento vai desde produtos básicos, como farinha de trigo (43,46%), de mandioca (25,1%) e ovo (18,45%) até as bebidas, com refrigerante e água (11,23%) e cerveja (17,18%).

Na contramão, apenas três registraram queda, a carne de porco (10,24%), o arroz (2,27%) e o tomate (16,58%). Para lidar com o encarecimento da ceia de Natal, a professora Jussara Ribeiro, 65, já está pensando no que fazer. “Sempre encomendava a ceia completa, vinha o peru, a farofa, o arroz e a salada. Todo aparato do Natal. Só que esse ano ficou muito caro. Pra economizar a gente mesmo vai fazer a ceia”, conta.

O menu caseiro também terá adaptações. Ao invés do peru, a mesa natalina de Jussara terá estrogonofe acompanhado de arroz, salada e sobremesa. Nas bebidas, o vinho tinto vai dar lugar para o vinho branco e refrigerante. “A decoração também fiz toda. Para não ficar cara eu mesmo bolei, fiz a toalha, árvore com o que tinha de arranjo. Tudo é reaproveitado para diminuir as despesas”, afirma.

Já segundo um levantamento da Federação do Comércio do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), com dados do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), os produtos alimentícios natalinos estão com aumento médio de 18,48% em relação ao mesmo período do ano passado, tanto em Salvador quanto na região metropolitana. O aumento desse ano foi maior do que o de 2021. Na ocasião, a média de aumento nos valores dos itens da ceia de Natal estava 11,7% mais caros, se comparado com 2020, tanto em Salvador quanto na região metropolitana.

Quem puxa a lista e é a grande vilã deste ano é a cebola com elevação de quase 170%. Os pescados estão com aumento médio de 4,89%. O arroz, tradicional acompanhamento, também registrou variação leve, de 2,63%. E quem quiser economizar é só colocar mais tomate no prato que vai dar certo. Esse produto está com queda de quase 20% em média no acumulado dos últimos 12 meses.

Outros ingredientes para compor o peixe, por exemplo, vão se juntar à cebola e dificultar a composição neste ano. Para regar o prato com um azeite, por exemplo, o consumidor terá que pagar em média 11,2% a mais do que no ano passado.

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