Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro tentou invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, e incendiou dezenas de carros e ao menos um ônibus na noite desta segunda-feira (12).
O protesto foi realizado contra a prisão de um indígena que participava de manifestações antidemocráticas. A polícia tentou dispersar os manifestantes usando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.
Após o indígena ser levado pela PF, cerca de 200 apoiadores de Bolsonaro, portando armas de madeira, foram para a frente da instituição para protestar. Vias próximas à sede da corporação, na área central de Brasília, foram fechadas. A Polícia Militar ajuda a fazer a segurança do prédio.
Segundo o Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo inicial de dez dias, pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.
Ao pedir a prisão temporária, a PGR disse que ele vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição de Lula e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
“A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, registrou a PGR.
Com informações da Folha de São Paulo
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