Além dos baixos rendimentos médios de trabalho, a Bahia ainda enfrentava, em 2021, uma desocupação elevada e prolongada. Havia no estado também uma proporção importante de adolescentes e jovens que não estudavam nem trabalhavam.
A taxa de desocupação baiana era 21,3%, a mais alta do país, e 1,418 milhão de pessoas estavam procurando trabalho (desocupadas). Uma em cada três dessas pessoas procurava trabalho havia pelo menos dois anos, sem encontrar: 33,2% ou 470 mil, em números absolutos.
A proporção de pessoas em desocupação prolongada na Bahia (33,2%) foi a maior para o estado nos nove anos de séria histórica da PNAD Contínua, desde 2012. Era também o 4º maior percentual entre os 27 estados, abaixo apenas dos verificados no Amapá (51,9% dos desocupados procuravam trabalho há pelo menos dois anos), na Paraíba (36,4%) e no Rio de Janeiro (35,7%).
No Brasil como um todo, em 2021, 24,5% das pessoas desocupadas estavam procurando trabalho havia pelo menos dois anos.
A Bahia também seguia, no ano passado, com uma parcela expressiva de sua população jovem que não estava estudando nem trabalhando (podendo estar procurando ou não trabalho). Essa era a situação de quase 3 em cada 10 pessoas de 15 a 29 anos de idade no estado: 29,8% ou 1,052 milhão em números absolutos.
O percentual de adolescentes e jovens que não estudavam nem trabalhavam na Bahia estava um pouco acima do verificado no Brasil como um todo (25,8% ou 12,7 milhões de pessoas de 15 a 29 anos nessa condição) e era o 10º entre as 27 unidades da Federação.
Na Bahia, essa proporção já chegou a ser mais próxima de 20,0% em 2014, quando atingiu seu patamar mais baixo (23,4%), mas aumentou e gira em torno de 30,0% desde 2016, sem mostrar alteração significativa.