O dado é comparativo ao mesmo período do ano passado; e-commerce foi um dos destaques em vendas na última sexta (25)
Por Tácio Caldas
Uma análise produzida pelo Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), comparando a data ao mesmo período de 2021, apresentou as taxas de crescimento e decréscimo das vendas durante a data da Black Friday de 2022. No Brasil, o crescimento foi de 6,9% no faturamento nominal, na comparação com 2021.
Já numa visão setorial, de acordo com o ICVA, as drogarias e as farmácias foram as que mais apresentaram crescimento, com 25,9%. Atrás delas estiveram o turismo e o transporte com 25,1% e cosméticos e higiene pessoal com 22,2%.
Ainda segundo eles, as vendas por e-commerce também se destacaram com uma alta nas vendas de 21,1%. Os outros setores apresentaram uma variação de crescimento de -3,6% a 18,6%. Confira abaixo.
BARES E RESTAURANTES | 18,6% |
VESTUÁRIO | 11,8% |
SUPERMERCADOS E HIPERMERCADOS | 11,7% |
VAREJO ALIMENTÍCIO ESPECIALIZADO | 10,3% |
LIVRARIAS E AFINS | 9,4% |
VETERINÁRIAS E PET SHOPS | 6,7% |
ÓTICAS E JOALHERIAS | 4,6% |
MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO | 4,3% |
DEMAIS SETORES | 6,4% |
MÓVEIS, ELETRO E DEPARTAMENTO | -3,6% |
Em relação as regiões, o sul do país apresentou um crescimento de 14,2%. O centro-oeste 3,5%. A região nordeste cresceu 0,2%, enquanto o norte teve uma queda de -2,9%. Já na análise do mercado nordestino, o estado que mais contribuiu com a baixa foi a Bahia, onde o faturamento caiu 1,8% em comparação ao ano de 2021.
Segundo o superintendente de dados e inovação da Cielo, Vitor Levi, além do efeito Copa do Mundo, da alta do dólar e do desemprego, outros fatores influenciaram nessa baixa.
“Quando a gente olha a distribuição no volume no esquenta Black Friday, seja na semana que antecede a data ou durante todo o mês de novembro, isto pode ter influenciado também nos resultados. Em alguns setores como de móveis, eletros e departamentos, a queda pode estar associada a antecipação de promoções ao longo do mês de novembro. Outro ponto também pode ser relacionado ao valor agregado na cesta de compras, que é o “ticket médio”. O volume de vendas pode até aumentar na data, mas se as compras forem mais baratas, o faturamento também reduz”, esclareceu Levi.
Foto: Reprodução/Agência Brasil