De acordo dados divulgados pelo Banco Central, nesta quarta-feira (30), 12,2% dos tomadores de empréstimos de instituições financeiras autorizadas estão em situação de “endividamento de risco”, com o número total de brasileiros nessa categoria tendo quase triplicado em relação a 2019, que eram 4,6 milhões, um percentual de 5,4%.
Os consumidores entram na categoria de risco do BC, quando apresentam pelo menos duas das seguintes situações: inadimplência superior a 90 dias, renda mensal disponível abaixo da linha da pobreza após o pagamento do serviço das dívidas, exposição simultânea a modalidades de crédito mais onerosas e comprometimento de mais de 50% da renda mensal com o pagamento do serviço das dívidas.
A inadimplência nos empréstimos com recursos livres para pessoas físicas e jurídicas aumentou para 4,2% em outubro, o maior nível em quase quatro anos. O Banco Central alertou recentemente para sua crescente preocupação com os efeitos da desaceleração da atividade econômica sobre os riscos de crédito no país, apontando para uma alta “relevante” dos riscos no financiamento às famílias neste ano
Os dados mostram que mais consumidores enfrentam dificuldades para quitar dívidas em meio à expansão do acesso ao sistema financeiro proporcionada pelo salto no número de fintechs e pelos pagamentos digitais de auxílio durante a pandemia, que contribuíram para a bancarização.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva prometeu lançar um amplo programa de renegociação de dívidas de consumidores apoiado por garantias do governo para enfrentar um problema que começou a aparecer nos resultados de alguns bancos.
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Informações Uol