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ALESP APROVA AUMENTO SALARIAL DE 50% PARA TARCÍSIO

Redação - 30/11/2022 07:00

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira o aumento de 50% do salário do próximo governador paulista, seu vice e secretários de Estado.

Com isso, em vez de R$ 23 mil, Tarcísio de Freitas (Republicanos) receberá R$ 34,5 mil para chefiar o Palácio dos Bandeirantes.

O projeto foi aprovado com folga na Alesp: foram 56 deputados favoráveis e apenas 6 contrários — Ricardo Mellão (Novo), Janaína Paschoal (PRTB), Patrícia Gama (PSDB), Carlos Giannazi (PSOL), Monica Seixas (PSOL) e Adriana Borgo (Agir). Eram necessários ao menos 48 votos no plenário. Agora, o projeto segue para a sanção do governador.

O texto aprovado prevê que a medida seja retroativa a 2022. Como o salário do governador é a referência para o teto do funcionalismo, o aumento de 50% vai significar um efeito cascata em várias categorias de funcionários de carreira em São Paulo que têm seus salários indexados ao do governador.

O impacto financeiro será de R$ 1,5 bilhão anual aos cofres públicos, segundo o governador Rodrigo Garcia (PSDB). O último reajuste salarial dado ao governador, seu vice e secretários de Estado foi em março de 2019, no início do governo do então tucano João Doria. Além da articulação de Garcia, a aprovação do projeto teve a anuência de Tarcísio, que inicialmente não quis opinar sobre o aumento de seu próprio salário, mas depois passou a defender a medida como “necessária” para aumento real ao funcionalismo.

Segundo pessoas envolvidas na articulação do projeto, Tarcísio deu seu apoio formal para agradar o funcionalismo da segurança pública, categoria que é próximo e quer manter em sua base.

O projeto foi proposto pela Mesa Diretora da Casa — formada pelos deputados Carlão Pignatari (PSDB), Luiz Fernando (PT) e Rogério Nogueira (PSDB) — e é resultado de um lobby de carreiras estaduais cujos vencimentos atingem o teto do funcionalismo, como policiais, delegados de polícia e auditores fiscais. Eles alegam que sua remuneração está sem reajuste desde 2019 em razão do congelamento do teto.

Foto: divulgação

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