Agência Brasil
A maioria dos brasileiros (64%) estaria disposta a pagar um preço acima da média por alimentos saudáveis e produzidos de forma sustentável, aponta a pesquisa do Instituto Akatu e GlobeScan. O estudo acompanha, ano a ano, atitudes e comportamentos do consumidor relacionados a estilo de vida. A edição deste ano foi feita em 31 países e, no Brasil, entrevistou 1.000 pessoas.
Enquanto 74% dos brasileiros disseram ter a intenção de promover mudanças para um estilo de vida mais saudável, apenas 34% disseram ter de fato mudado algo. Em relação às mudanças para ter um estilo de vida mais ambientalmente amigável, o percentual de desejo de mudança alcançou 59%, e 25% disseram ter feito de fato grandes mudanças nesse sentido.
O estudo indica que os brasileiros estão mais preocupados com os problemas globais do que a média mundial. O maior percentual de preocupação varia entre 15 e 30 pontos percentuais entre os diferentes temas abordados. Por exemplo, a pobreza extrema do mundo é alvo de atenção de 90% dos brasileiros, enquanto 63%, na média global, se referiram a este problema como “muito sério”.
Para os organizadores da pesquisa, isso pode estar relacionado ao fato de os brasileiros têm uma vivência mais direta com esses problemas. As questões ambientais predominam como oito dos 11 assuntos mais sérios para os brasileiros. A poluição da água foi destacada como “muito séria” por 84% dos entrevistados no Brasil e por 62% na média mundial.
De 2020 a 2022, duas edições mais recentes da pesquisa, não houve alterações significativas em várias percepções, crenças e atitudes de uma vida saudável e sustentável. Mais de 80% disseram querer reduzir bastante o impacto que tem pessoalmente no meio ambiente. Ao mesmo tempo, o percentual de brasileiros que acreditam estar fazendo tudo o que podem para proteger o meio ambiente passou de 68% para 72%.