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CEBOLA LIDERA ALTA DE PREÇOS EM 2022 EM SALVADOR E RMS

Redação - 24/11/2022 13:20

Há quem goste e há quem chore, mas não há quem consiga deixar de inclui-la no almoço ou no jantar. Essencial para o tempero de quase todas as iguarias baianas,

a cebola liderou a alta de preços na Região Metropolitana de Salvador (RMS) neste ano. Isso é o que indicam os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou inflação do item em 2022 a 68,77%. 

De todos os produtos investigados pelo IPCA-15, a cebola foi o que teve a maior alta de preços na RMS em 2022. A melancia apareceu em segundo lugar (66,10%), seguida do leite longa vida (59,25%), seguro voluntário de veículo (44,52%) e batata doce (39,26%). Inclusive, inflação sobre a cebola registrada em Salvador, Camaçari, Candeias, Dias d’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz superou a inflação do item no Brasil, que aumentou 63,68% no último ano.

Nos mercados de Salvador e Lauro de Freitas, o quilo da cebola branca pode ser encontrado por até R$7,95, enquanto o quilo da cebola roxa chega a R$9,95, segundo pesquisa no Preço da Hora. Para o economista Marcelo Ferreira, a alta dos valores se deve, em primeiro lugar, a imprevistos climáticos. Ele aponta que choveu mais do que o previsto no estado e que o índice pluviométrico vem se adequando desde setembro na região de Irecê, cidade que ocupa a vigésima posição na produção de cebola na Bahia.

A nível nacional, dados mais recentes da Produção Agrícola Municipal de 2021 mostram que a Bahia é a segunda maior produtora de cebola do país, com 260.399 toneladas. Contudo, Marcelo Ferreira explica que no último ano houve uma produção elevada que reduziu muito os preços, de forma que os produtores chegaram até mesmo a sofrer prejuízos. Por esse motivo, neste ano houve uma redução das áreas destinadas ao cultivo da cebola, o que levou a produção a diminuir também.

“É a lei de oferta e demanda. Com uma produção menor, como temos agora, a tendência é de alta dos preços, pois a demanda continua a mesma. Se a produção aumentar, o preço tende a baixar, mas para que isso aconteça é preciso que seja viável produzir cebola, ou seja, a produção precisa dar lucro”, esclarece. De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), responsável pela administração das centrais de abastecimento (Ceasa), o preço médio de 20kg de cebola era de R$43,58 em 2021. Até novembro deste ano, essa quantidade alcançou o valor de R$75,36, o que representa um aumento de 72,92%. 

A maior variação, definida em 241,38%, foi observada na comparação entre os meses de outubro do ano anterior e do ano corrente. Em outubro de 2021, era possível comprar 20 kg de cebola pelo preço médio de R$29,00, enquanto neste ano, no mesmo período, a quantidade idêntica do item teve a precificação média estabelecida no valor de R$99,00. De janeiro a outubro de 2022, o aumento percentual da cebola foi de 62,3%, conforme dados da SDE baseados no Boletim Informativo Diário Ceasa.

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