O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um aumento de 1,36% no terceiro trimestre deste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (14).
Foi a maior expansão desde o fim de 2020. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado no início de dezembro.
Se o PIB cresce, isso sinaliza que a economia vai bem e produz mais. Mesmo assim, dados do IBGE mostram aumento no número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica no país. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor.
Atividade acelera
O dado divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra aceleração da economia brasileira no terceiro trimestre deste ano. O crescimento de 1,36% no terceiro trimestre deste ano foi o maior desde o quarto trimestre de 2020, quando foi registrado um crescimento de 3,82%. O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.
Outras comparações
Somente em setembro, ainda de acordo com informações do BC, a prévia do PIB registrou uma alta de 0,05%, contra o mês anterior. O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal. Com isso, o indicador mensal retomou expansão, ainda que pequena, pois em agosto houve uma queda de 1,13% no nível de atividade. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda segundo o Banco Central, o nível de atividade da economia brasileira registrou aumento de 2,93% (sem ajuste sazonal). De acordo com o Banco Central, o indicador apresentou elevação de 2,34% em 12 meses até setembro. Nesse caso, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal.
PIB X IBC-Br
O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Em outubro, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos, para tentar conter a alta de preços. Os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa permanecerá estável até meados de 2023, quando pode começar a recuar.