Na bolsa de apostas para os ministérios de Lula, um nome tem ganhado força nos últimos dias para comandar a pasta da Defesa: o do ministro Ricardo Lewandowski.
O nome está em alta entre aliados de Lula e também é visto como um boa opção por uma ala significativa de seus colegas no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após os movimentos recentes do Ministério da Defesa, com a publicação de um relatório sobre a fiscalização das urnas, e o comunicado dos comandantes das Forças Armadas sobre as manifestações, ministros do STF passaram a defender que um nome para a pasta seja anunciado em breve para ajudar a apaziguar os ânimos.
Três magistrados ouvidos pela coluna afirmaram apoiar a ida de Lewandowski para o cargo, caso seja seu desejo. O ministro tem que se aposentar da corte até maio, quando faz 75 anos. Membros da transição de governo, dizem, no entanto, que não há pretensão de acelerar o anúncio de ministros devido aos movimentos recentes dos militares.
Interlocutores de Lula ligados à área jurídica também veem Lewandowski como boa opção para o posto e afirmam que hoje o magistrado estaria mais aberto para conversas do que estava meses atrás. A leitura entre eles e integrantes da alta cúpula das Forças Armadas é que o ministro pode colaborar para pacificar e restabelecer o caráter institucional das relações.
Lewandowski tem formação militar como segundo-tenente da reserva do Exército, da Arma de Cavalaria, e sempre manteve bom relacionamento com a caserna.