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BID MANTÉM ILAN GOLDFAJN COMO CANDIDATO DO BRASIL À PRESIDÊNCIA DO BANCO

Redação - 12/11/2022 07:37 - Atualizado 12/11/2022

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) não atendeu ao pedido do ex-ministro Guido Mantega para adiar a eleição para a presidência da instituição e muito menos a pressão para que não aceitasse Ilan Goldfajn como candidato ao cargo, indicado pelo Brasil.

O ex-presidente do BC e atual diretor do FMI é um dos cinco candidatos confirmados.

Ilan, um dos mais competentes economistas do país, havia sido escolhido há cerca de um mês por Paulo Guedes como o candidato do Brasil. Mas Mantega, na semana passada, falando como representante do presidente eleito, Lula, entrou em contato com o BID para pedir que a eleição fosse transferida para janeiro — e sugerindo que o futuro governo preferia lançar outro nome ao posto.

Nesta madrugada, a direção do BID afirmou que a eleição será no dia 20 de novembro. Para a disputa, confirmou que cinco candidatos estão inscritos oficialmente. A lista não pode mais ser alterada: a data-limite para que algum dos 48 países membros do banco possa fazê-lo terminou ontem.

Além de Ilan, ex-presidente do BC e atual diretor do FMI, indicado pelo governo brasileiro, estão concorrendo: Cecilia Todesca Bocco (indicada pela Argentina), Gerard Johnson (Trindade e Tobago), Gerardo Esquivel Hernández (México), Nicolás Eyzaguirre Guzmán (Chile).

A consequência da jogada de Mantega talvez tenha sido minar a chance de pela primeira vez um brasileiro ser o número um do banco. O Banco Interamericano de Desenvolvimento foi fundado em 1959.  México, a Colômbia, o Chile, o Uruguai e os EUA já conseguiram eleger seus indicados para o cargo nestas seis décadas. O Brasil, não. ​​​​​​​Amanhã, os cinco candidatos serão sabatinados numa assembleia do BID, que será realizada em Washington.

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