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PERFIL DA BANCADA DO PL DIFICULTA UNIDADE CONTRA PT

Redação - 10/11/2022 13:20 - Atualizado 10/11/2022

Cacique da maior bancada eleita da Câmara, com 99 deputados, e presidente do partido de Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto anunciou que o PL, apesar do histórico de adesismo a diferentes gestões do Planalto, fará oposição ao governo Lula.

Além das estimativas feitas até por dirigentes da legenda, longe dos microfones, de que por volta de 40 parlamentares terão inclinação a negociar apoio à gestão petista, vários deputados eleitos já deram sinais públicos de diálogo com o PT ou mesmo já integraram base aliada do partido em outros anos.

A maioria deles vem do Nordeste. Levantamento do GLOBO mapeou 25 parlamentares eleitos pelo PL que não fizeram campanha para Bolsonaro no segundo turno, parabenizaram Lula publicamente pela vitória ou que já foram aliados do PT. Desse total, 21 são da região onde Lula venceu de forma esmagadora.

No auge do acirramento da disputa entre o petista e Bolsonaro, no segundo turno, 12 deputados eleitos pelo partido do atual presidente se abstiveram de pedir votos para ele nas redes sociais. Depois do resultado, outros cinco correligionários de Bolsonaro não seguiram seu posicionamento e reconheceram explicitamente a vitória de Lula, inclusive parabenizando o presidente eleito.

Alguns já dizem abertamente que o diálogo é “necessário”. Yury do Paredão (CE) deu parabéns a Lula e declarou que na Câmara apoiará “todos os projetos que visem a melhorar a vida dos brasileiros”. O deputado federal Zé Vitor (PL-MG) se colocou à disposição para conversar com o novo governo, prometendo, porém, fazer uma “oposição construtiva”: — O diálogo é sempre necessário, independente do presidente, não abriremos mão disso. Serei uma oposição construtiva, vigilante para que não haja retrocesso.

Foto: divulgação

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