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EQUIPE DE LULA QUER FREAR INDICAÇÕES DE BOLSONARO PARA JUDICIÁRIO E POSTOS NO EXTERIOR

Redação - 07/11/2022 09:43 - Atualizado 07/11/2022

A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta frear indicações que o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno, já enviou ou quer enviar para posições de alta hierarquia no Judiciário e para postos diplomáticos no exterior.

Segundo assessores de Lula, a intenção é evitar que essas indicações sirvam a um projeto político do grupo que vai deixar o governo.

Antes de deixar o cargo em 31 de dezembro, Bolsonaro pode indicar, por exemplo, 16 desembargadores de tribunais regionais federais. Há, ainda, diplomatas com indicações a serem votadas no Senado. O grupo de Lula avalia que o ideal seria travar essas análises até a posse do presidente, em 1º de janeiro.

Algumas das indicações feitas para postos no exterior podem até ser liberadas, mas a ideia é que o futuro ministro das Relações Exteriores faça a análise individual dos indicados antes de manter os nomes. A equipe de transição ainda não indicou quem será o novo chefe do Itamaraty. Em reta final de mandato, é comum que o presidente de saída aproveite essas indicações para premiar diplomatas que trabalharam com ele durante o governo.

No caso do Judiciário, a avaliação é que aliados do presidente Bolsonaro têm interesse direto nas indicações de desembargadores – seja por questões políticas, seja por processos em tramitação na Justiça. Por isso, mesmo que o atual presidente da República encaminhe as nomeações, a estratégia é evitar que elas sejam votadas no Senado.

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