O Federal Reserve, banco central norte-americano, anunciou, nesta quarta-feira (02), que elevou a taxa básica de juros nos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4%.
O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado e é o quarto aumento consecutivo desta magnitude e a quinta alta implementada em 2022.
Agora, a taxa está no maior nível desde janeiro de 2008, enquanto o banco central estende sua campanha de aperto mais agressiva desde a década de 1980. Antes do aumento desta quarta, a taxa estava no intervalo entre 3,0% e 3,25% ao ano, anunciada em 21 de setembro deste ano.
A decisão veio por conta de uma avaliação do banco de que a inflação nos Estados Unidos segue elevada, com desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia. Além disso, há alta de alimentos, energia e pressões de preços mais amplas, segundo comunicado com a decisão mais recente do Fomc.
“Ao determinar o ritmo de aumentos futuros, o Comitê (Federal de Mercado Aberto) levará em conta o aperto acumulado da política monetária, a defasagem com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e acontecimentos econômicos e financeiros”, disseram as autoridades.
Ainda, o comunicado do Fed disse que as autoridades permanecem “altamente atentas aos riscos inflacionários”, abrindo as portas para novos aumentos. O banco também observou que a economia parece estar crescendo modestamente, com ganhos no setor de empregos ainda “robustos” e um desemprego baixo.
O Fed também citou que “a guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas”, causando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação, além de pesar sobre a atividade econômica mundial. No documento, o banco central norte-americano reafirma estar “fortemente” comprometido em levar a inflação à meta de 2%.
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