O Brasil amanheceu hoje com alguns resquícios de protestos nas suas restradas em retaliação ao resultados das urnas ontem (Veja aqui).
Após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, caminhoneiros bolsonaristas decidiram fechar trechos de rodovias em vários pontos do Brasil. A BR-163, na região norte do estado do Mato Grosso foi uma das principais.
Os protestos estão situados no Rio Grande no Sul; Santa Catarina; Paraná; Minas Gerais; São Paulo; Rio de Janeiro; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Rondônia; Pará; Goiás; Distrito Federal
Alguns motoristas usaram o próprio caminhão de cargas para bloquear as vias. Pneus também foram queimados. O hino nacional —sempre usado pelo movimento conservador— também foi ouvido em meio à manifestação. Ao UOL, a assessoria de imprensa da concessionária Rota do Oeste, responsável por administrar a rodovia, disse que pelo menos quatro trechos estão bloqueados. São eles:
“A concessionária segue acompanhando, sem interferência, as manifestações com foco na segurança viária. As equipes operacionais da Rota do Oeste estão sinalizando o final da fila, como forma de evitar acidente”, diz a administradora. A concessionária diz ter sido acionada pela primeira vez às 18h50, ou seja, seis minutos depois da virada de Lula sobre Bolsonaro na contagem dos votos.
Em uma das gravações à qual o UOL teve acesso, um dos supostos líderes da manifestação diz, em tom de ameaça, que todos os caminhoneiros só sairão das ruas quando o Exército tomar o poder. Eu estou com lideranças do Brasil inteiro. São 256 pessoas. Travou o Brasil. Travou. Não podemos liberar. [São] 72 horas para o Exército tomar conta. Se nós precisar (sic) ficar além das 72 horas… travou, não libera nada. Joinvillve, Criciúma, São Paulo, Rio de Janeiro…geral. Deu, acabou. Não tem político nenhum que vai chegar perto de nós e dizer: ‘vocês não podem pedir intervenção militar ou qualquer coisa’. Nós só saímos das ruas na hora em que o Exército tomar o país Manifestante, em vídeo
Apoiadores de Bolsonaro também bloquearam a BR-101 na altura de Palhoça (25 km de Florianópolis), em frente a uma loja da Havan, após a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A concessionária da estrada, Arteris Litoral Sul, informou que há uma fila de dois quilômetros no sentido de Porto Alegre, e que não há previsão de liberação da pista. Imagens publicadas nas redes sociais mostram uma van atravessada na estrada e manifestantes agitando bandeiras do Brasil. “Não vamos aceitar [o resultado]”, diz um manifestante em uma das gravações.