Em balanço das suas duas gestões à frente do Estado (2015-2022), o govenador Rui Costa (PT) afirmou nesta sexta-feira (28) que o Estado só não avançou neste período nas áreas que necessitavam parceria com o governo federal.
“Governei com dois presidentes que atrapalharam a Bahia”, comentou o gestor, em entrevista a um pool de rádios baianas da capital e do interior. Rui Costa fez referência ao presidente entre 2016 e 2018 Michel Temer (MDB) e ao atual titular do Palácio Planalto, Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Rui, desde a primeira vez que foi eleito, em 2014, fez um compromisso com ele mesmo de que “toda a decisão levaria em conta o que minha mãe fazia na favela: cuidar de gente”. O chefe do Executivo estadual assegurou que vai entregar o estado arrumado, com finanças organizadas, “como recebi de (Jaques) Wagner (hoje senador), e com muitas obras em andamento, como as construções em 200 delegacias.
Rui destacou que o governo baiano tem hoje 600 escolas de tempo integral – 240 com sedes novas e o restante reconstruída -, 26 policlínicas e pelo menos 22 hospitais. O governador avalia haver prazo para concluir mais algumas ações, como o hospital ortopédico em Salvador e unidades de saúde em parceria com prefeituras em Santa Maria da Vitória e Luís Eduardo Magalhães. Sobre política, o líder petista mostrou confiança nas vitórias eleitorais dos candidatos a governador, Jerônimo Rodrigues, e a presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (ambos PT). “Faltaram 44 mil votos em um universo de 11 milhões de eleitores”, ressaltou, sobre o concorrente ao Palácio de Ondina.
Rui Costa aproveitou a entrevista para criticar o posicionamento do candidato a governador adversário , ACM Neto (União Brasil), que não revelou preferência na eleição federal. “Essa lógica do tanto faz é perversa. Atende só a grupos empresariais e políticos”, provocou. Rui Costa avalia que uma reeleição de Jair Bolsonaro “seria catastrófica”. “Tanto faz para eles que estão ricos. O povo precisa que as coisas melhorem.”
Foto: Jamile Amine/bahia.ba