A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para cima a sua expectativa para a atividade econômica brasileira este ano.
No Informe Conjuntural do 3º Trimestre, divulgado nesta terça-feira (11), a entidade empresarial projetou uma alta do PIB em 2022 de 3,1%, ante 1,4% previsto em julho. Para o PIB industrial, o prognóstico saltou de 0,2% para 2%.
Desde julho, indicadores econômicos brasileiros iniciaram um ciclo de melhoria, com três meses seguidos de deflação e estimativas maiores para a atividade econômica. Mas o percentual da CNI para a média geral do PIB é mais otimista do que as projeções do Banco Mundial (2,5%), dos analistas de mercado – contido no último boletim Focus– e do Banco Central, ambos na casa dos 2,7%.
Em nota, a CNI ressalta que a revisão positiva ocorre devido a mudanças como a normalização parcial das cadeias de suprimentos mesmo diante da continuação da guerra Rússia-Ucrânia e de restrições de atividades na China, ainda decorrentes da Covid-19. “A indústria tem tido sucesso na busca por alternativas para reduzir e contornar o problema da falta de insumos. A produção industrial manteve ritmo de crescimento, ainda que moderado, pela maior parte do ano até o momento”, afirmou a entidade.
A confederação argumenta ainda que a construção, que já operava no positivo, recebeu novo impulso com a ampliação do Casa Verde e Amarela, e o setor de Serviços segue em crescimento, impulsionado pela normalização de suas atividades afetadas anteriormente pela pandemia. No caso do setor de Serviços, a projeção passou de 1,8% para alta de 3,8% positivos.
O gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, explica que a atividade econômica de serviços mais aquecida impulsionou o mercado de trabalho. No trimestre móvel encerrado em agosto, o país totalizou 99 milhões de pessoas ocupadas. A expectativa de taxa de desemprego média no ano caiu de 10,8% para 9,3%, e a expectativa de crescimento da massa salarial real subiu de 1,6% para 5,1%.
A CNI destaca ainda que a previsão para 2022 é de superávit da balança comercial em US$ 51,3 bilhões, impulsionada pelo crescimento tanto das exportações – de US$ 280,8 bilhões em 2021 para US$ 334,7 bilhões estimados para este ano – como das importações, que somou US$ 219,4 bilhões no ano passado e agora deve alcançar US$ 283,4 bilhões.
Foto: reprodução do site da CNI
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