Surto de meningite assusta a Bahia. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), até julho deste ano, apenas 62,9% das crianças tinham sido imunizadas contra a meningite, que se não tratada em tempo, pode matar. A meta é alcançar 95% do público até o final do ano.
Enquanto isso, até 24 de setembro, quando encerrou a 38ª semana epidemiológica, a Bahia tinha registrado 273 casos confirmados de meningites de diversas etiologias.
O número é 160% a mais que o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 105 casos. Em 2020, foram 143. Este ano, já ocorreram 43 mortes pela doença. Em 2021, foram 21 óbitos, quase 50% a menos. O técnico da Coordenação de Doenças Imunopreveníveis da Sesab, Ramon Saavedra, explicou que é preciso ter cuidado com a comparação entre 2022 e os anos pandêmicos, mas frisou que a vacinação está lenta. Desde 2016, os resultados têm sido abaixo do esperado na Bahia e no Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam que, este ano, apenas 52,08% das crianças foram protegidas contra meningite no país.
“Esse é um cenário em todo o mundo, tanto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já chamou a atenção de que a baixa cobertura vacinal é um problema de saúde global. Em relação à quantidade de casos da doença, nos dois últimos anos vimos uma queda, mas sabemos que isso se deve a uma subnotificação por conta da covid-19 e às medidas de isolamento adotadas durante a pandemia, que dificultaram a transmissão dos vírus”, explicou.
Foto: Divulgação