A CAR T-Cell é um tratamento que modifica as células geneticamente e não requer o uso de nenhum remédio. Esta é uma nova opção que está sendo testada e ainda aguarda a liberação para comercialização no Brasil.
Essa técnica é muito moderna e já é adotado comercialmente em alguns países tais quais como o Estados Unidos (EUA), China, Austrália e Canadá. Países da Europa também estão incluídos. Aqui no Brasil, o tratamento já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e agora está em uma segunda fase para determinar o preço do tratamento para permitir que seja comercializado.
Por ainda não estar com autorização de comercialização, apenas estudos clínicos estão sendo realizados com candidatos selecionados. No país, aproximadamente 15 pessoas já foram submetidas ao novo tratamento que, por hora, só existe em Salvador e em São Paulo.
A CAR T-Cell é uma terapia usada em cânceres ligados ao sangue como linfomas agressivos e indolentes; leucemias agudas da infância e do adulto; além do mieloma múltiplo em fases avançadas. Neste tratamento, o paciente permanece no Brasil, mas o seu sangue congelado “viaja” para os EUA onde é submetido à uma modificação genética. Depois disso, o sangue volta e é infundido no paciente.
Essa logística deixa o tratamento caro. Segundo especialistas, a comercialização da terapia inovadora, que deve ser aprovado em breve no Brasil, tem um valor estabelecido entre US$300 mil e US$500 mil, ou seja, de R$1,5 milhão a R$2,6 milhões de reais por paciente, algo que é inacessível para a grande maioria dos brasileiros. Por isto, o Instituto Butantã, em São Paulo, já realiza estudos e desenvolve projetos para deixar o tratamento mais acessível, permitindo que o Serviço Único de Saúde (SUS) banque o tratamento.
EFEITOS
Como todo tratamento de câncer, essa terapia também tem efeitos colaterais. Neste tratamento, esses efeitos não são leves, mas estão limitados a um curto período de tempo. Entre os mais graves, por exemplo, está uma inflamação acentuada, inclusive no sistema nervoso central. Apesar disso, especialistas dizem ser situações solucionáveis em 95% dos casos.
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