Após o Auxílio Brasil, programa de transferência de renda do governo federal, muitas pessoas deixaram a informalidade, segundo afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a empresários de Salvador.
No evento, organizado pelo Fórum Empresarial da Bahia, o tema da palestra do ministro foram as perspectivas econômicas com empresários dos setores da indústria, comércio e serviços, agropecuária e transportes.
“Preservamos 11 milhões de empregos. Lançamos uma camada de proteção para 68 milhões de brasileiros, para que puderem sobreviver. Não tem mais ninguém nos sinais vendendo água, nos estádios de futebol. Por que isso? Auxílio Brasil é o nome”, defendeu Guedes. Há cinco dias, o ministro também havia questionado o número de brasileiros em situação de insegurança alimentar.
O ministro ainda defendeu que o país crescerá mais rápido se tiver “gente que sabe conduzir”. Ele afirmou que o país tem gerado renda e
“Todo mundo está com dinheiro para viver. Não é nem sobreviver, é viver mesmo. Já a classe média está gerando emprego e renda”, disse durante
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada no final de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de trabalhadores informais atingiu recorde de 39,129 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio de 2022.
“Somos uma das cinco economias mais forte do mundo. Está escrito. Só temos que confiar em nós mesmos. Temos tido um desempenho menor, do que quem nos subestimava. (…) Não podemos subestimar o brasileiro mais pobre. Precisamos confiar nele. Pode ser que 2% façam bobagem com o dinheiro, mas 98% vai saber como usar esse dinheiro”.
PANDEMIA
Em seu discurso, Guedes ainda disse que o governo federal venceu a pandemia “com sucesso”, apesar das quase 700 mil mortes provocadas pela doença, e projetou que o Brasil vai crescer mais do que países europeus, como Inglaterra e Alemanha.
Durante o evento “Perspectivas para a economia brasileira”, coordenado pelo Fórum Empresarial da Bahia, com apoio da Fieb, Faeb, Fetrabase, Fecomércio-BA, FCDL e Associação Comercial da Bahia, Guedes construiu um cenário otimista no país, apesar de todas as dificuldades que o país continua a enfrentar no pós-pandemia.
“Os governos anteriores quebraram o Brasil. Quando nós começamos a levantar, a Covid derrubou de novo”, explicou. Segundo Guedes, em 2020, o país perdeu um milhão de empregos em menos de 60 dias.
“Não conhecíamos a doença, ela bateu, fizemos o distanciamento social e buscamos soluções, vacinas”, argumentou, para depois afirmar que o governo criou na sequência “16 milhões de empregos, mais do que Estados Unidos e Reino Unido juntos”.
INFLAÇÃO
De acordo com o ministro, a queda da inflação é um sintoma de retomada da economia. O IPCA indica que o acumulado este ano chegou a 4,4%.
“Um trimestre de deflação. A maior deflação da história. Não houve ainda um trimestre com essa deflação. Ao mesmo tempo esse crescimento sendo revisto pra cima o tempo inteiro”, avaliou.
Ainda de acordo com Guedes, o país deve crescer cerca de 3% este ano e o atual momento credencia o Brasil no futuro a ser uma das cinco maiores economias do mundo.
“Só cinco países têm, ao memso tempo, PIB de mais de um trilhão de dólares, território continental e população com massa suficiente pra fazer uma economia de mercado. Está escrito. Só temos que confiar em nós mesmo”.
PAPEL DE JOÃO ROMA NO AUXÍLIO BRASIL
O ministro da Economia Paulo Guedes também elogiou o candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), por sua ação para a efetivação do Auxílio Emergencial e também do Auxílio Brasil.
“Começamos a atender toda a parte social com os recursos, com o Auxílio Emergencial, que é o maior programa de transferência de renda que o Brasil já teve, que tem 1,5% do PIB para os mais frágeis, para os mais vulneráveis”, disse Guedes. O ministro da Economia disse ainda que o governo do presidente Jair Bolsonaro conseguiu a verbas para manter o programa, mas sem comprometer as futuras gerações.
“Ao mesmo tempo, com responsabilidade fiscal, mantivemos esse duplo compromisso de atender a esse público por um lado, mas sem empurrar a conta para as futuras gerações. Nós mesmos pagamos aquela verba. Tenho orgulho de não empurrar a conta para filho e para netos”, declarou o ministro da Economia.
foto Natally Acioli