Entre 2020 e 2021, a redução da participação baiana no valor gerado pelos grãos no Brasil (de 6,0% para 4,7% do total) repercutiu nas cidades agrícolas do Oeste do estado. Entre 2020 e 2021, São Desidério e Formosa do Oeste caíram no ranking nacional do valor agrícola, embora tenham registrado crescimento nesse indicador.
Nesse período, o valor da agricultura de Formosa do Rio Preto cresceu 47,9%, passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 5,5 bilhões. O aumento absoluto, de R$ 1,8 bilhão, foi o 14º maior entre os municípios do país e o maior da Bahia. Ainda assim, o município caiu do 5º para o 8º lugar no ranking nacional do valor agrícola.
A produção de soja em Formosa do Rio Preto cresceu 14,5%, totalizando 1,9 milhão de toneladas em 2021, com um valor da produção de R$ 4,6 bilhões, 68,4% maior que o de 2020. Assim, o município seguiu com a 2ª posição entre os maiores sojicultores do país tanto em quantidade quanto em valor, ficando atrás apenas de Sorriso/MT (que produziu 2,0 milhões de toneladas a R$ 5,0 bilhões).
A produção de milho cresceu 3,7%, chegando a 274,9 mil toneladas em 2021, e teve valor 18,8% maior do que em 2020 (R$ 217,2 milhões). A safra de algodão herbáceo, por sua vez, caiu 22,8%, atingindo a marca de 191,6 mil toneladas, com valor de produção de R$ 618,9 milhões, 17,7% menor do que em 2020.
Já São Desidério apresentou, em termos nacionais, o 15º maior avanço absoluto do valor agrícola no período, de R$ 4,6 bilhões em 2020 para R$ 6,4 bilhões em 2021, um aumento de R$ 1,8 bilhão (+38,9%).
Foi o segundo maior crescimento da Bahia, porém, caiu da 2ª para a 6ª posição entre os municípios brasileiros com o maior valor de produção da agricultura, ultrapassado por Sapezal/MT (R$ 9,1 bilhões), Rio Verde/GO (R$ 7,7 bilhões), Campo Novo do Parecis/MT (R$ 7,6 bilhões) e Diamantino/MT (R$ 6,4 bilhões). A liderança no ranking seguiu com Sorriso/MT (R$ 10,0 bilhões em valor agrícola, em 2021).
O volume de soja produzido em São Desidério cresceu 12,8%, totalizando 1,7 milhão de toneladas em 2021, com um valor da produção de R$ 4,2 bilhões, 69,3% maior que o de 2020. O município continuou sendo o 3º maior produtor de soja do país tanto em volume quanto em valor da produção.
O milho também teve uma safra maior no município, em 2021, chegando a 403,2 mil toneladas (+6,4% do que em 2020), com um valor de R$ 345,3 milhões, 15,5% acima do gerado no ano anterior.
Apesar da queda na produção do algodão herbáceo – que recuou 11,1% entre 2020 e 2021, em São Desidério, chegando a 483,3 mil toneladas -, o valor de produção gerado cresceu 1,6%, indo a R$ 1,7 bilhão. O município é o 2º maior produtor de algodão do país (em volume), abaixo apenas de Sapezal/MT. Mas em valor de produção, caiu do 2º para o 3º lugar, superado por Campo Novo do Parecis/MT.
Mesmo com as movimentações para baixo no ranking nacional, em 2021 a Bahia seguiu como 3º estado com mais municípios entre os 50 maiores valores da produção agrícola do país, empatado com o Mato Grosso do Sul. Cinco deles são baianos: São Desidério (6º), Formosa do Rio Preto (8º), Correntina (20º), Barreiras (25º) e Luís Eduardo Magalhães (41º).
Mato Grosso tem o maior número de municípios entre os 50 maiores valores gerados pela agricultura (26 cidades). Goiás fica na segunda posição (6).
No ranking baiano do valor da produção agrícola, os dez municípios mais bem colocados foram quase os mesmos em 2020 e 2021. Ibicoara caiu da 10ª para a 14ª posição, deixando o top-10, e Cocos entrou, subindo do 12º para o 10º lugar. Também houve troca de posição entre Correntina, que assumiu a 3ª posição, e Barreiras, que caiu para a 4ª.