O cineasta francês Jean-Luc Godard, morto nesta terça-feira (13), teve um sucicídio assistido, recurso legal na Suíça, onde o diretor passou parte da vida. Ele estava com 91 anos.
“Ele não estava doente, apenas esgotado”, contou um familiar ao jornal Libération. “Foi decisão dele e é importante que se saiba”.
O diretor, um dos mais importantes do cinema moderno e destaque da Nouvelle Vague, teve uma vida ativa até os últimos anos. No ano passado, ao completar 90 anos, ele havia anunciado a intenção de se aposentar.
Ele também falou em entrevista que considerava o suicídio assistido como uma possibilidade para encerrar sua vida. “Não estou ansioso de seguir a qualquer preço. Se estiver doente demais, não tenho vontade alguma de ficar sendo arrastado em um carrinho de mão”, disse em 2014.
Na Suíça, o suicídio assistido é permitido desde 1942, desde que não seja um caso de “motivo egoísta”, como evitar pagar pelo sustento do paciente ou antecipar uma herança, por exemplo.O procedimento não é o mesmo que a eutanásia, que é proibida no país. A diferença é quem realiza o ato final. No Brasil, ambos são crimes.
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