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PRODUÇÃO INDUSTRIAL BAIANA TEM 2ª MAIOR QUEDA DO PAÍS DE JUNHO PARA JULHO

Redação - 09/09/2022 13:00

Em julho, a produção industrial da Bahia teve queda de 7,3% frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.

Foi a primeira retração nesse confronto após cinco meses entre crescimento e estabilidade (2,0% entre janeiro e fevereiro, 0,1% entre fevereiro e março, 2,9% entre março e abril, 0,0% entre abril e maio, e 2,5% entre maio e junho).

O resultado para o estado ficou muito abaixo do índice nacional, que apresentou alta (0,6%), e foi o 2º menor dentre os 15 locais pesquisados, ficando à frente apenas do registrado no Espírito Santo (-7,8%).

Apenas 4 estados apresentaram variação positiva, com os melhores resultados no Pará (4,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (1,9%).

Com esse resultado, o setor fabril da Bahia ainda está longe de se recuperar das perdas registradas desde que se iniciou a pandemia da Covid-19, operando num patamar 22,4% abaixo de fevereiro de 2020.

Apesar de ter apresentado resultado negativo frente ao mês imediatamente anterior, em relação a julho de 2021, a produção industrial baiana apesentou leve variação positiva (0,1%).

Este foi o quinto avanço consecutivo no indicador, porém mostrando grande desaceleração em relação aos meses anteriores (7,7% em março, 22,1% em abril, 26,1% em maio e 11,9% em junho).

O resultado da Bahia foi o 9º melhor do país, mas ficou acima do nacional, que registrou queda (-0,5%). Dos 15 locais pesquisados, 11 apresentaram índices positivos, com os melhores ficando com Mato Grosso (25,6%), Amazonas (7,7%) e Pará (4,8%).

Por outro lado, as maiores quedas ficaram com Espírito Santo (-10,6%), Ceará (-3,9%) e com a Região Nordeste como um todo (-3,1%).

No acumulado nos sete primeiros meses do ano, frente ao mesmo período do ano anterior, a Bahia é um dos 6 locais com resultado positivo, tendo o 2º maior índice do país (7,9%), atrás apenas do registrado em Mato Grosso (23,2%). O país como um todo apresenta queda (-2,0%).

Porém, nos 12 meses encerrados em julho, a indústria baiana continua no negativo (-1,8%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores, tendo o 8º pior resultado do país. No Brasil como um todo, a produção industrial também cai (-3,0%) nessa comparação, com resultados negativos em 12 dos 15 locais.

DERIVADOS DO PETROLEO PUXAM CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL BAIANA NO MÊS

A leve variação positiva da produção industrial da Bahia em julho/22 frente a julho/21 (0,1%) se deu por conta do avanço registrado pela indústria de transformação (1,2%), que cresceu pelo quinto mês consecutivo, embora apresentando desaceleração. Por outro lado, a indústria extrativa seguiu em queda pelo terceiro mês consecutivo (-19,0%).

Houve altas na produção em 6 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente na Bahia. A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (12,5%) foi quem apresentou o avanço mais representativo para o resultado positivo do estado de uma forma geral, seguida pela fabricação de outros produtos químicos (4,8%).

O segmento de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou o seu 11º resultado positivo consecutivo.

Porém, o maior aumento absoluto foi registrado pela fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (39,5%), que tem um peso menor na estrutura industrial baiana.

Por outro lado, houve quedas em 5 das 11 atividades da transformação, sendo as mais relevantes na fabricação de produtos alimentícios (-17,9%) e na metalurgia (-38,7%).

A fabricação de produtos alimentícios teve a queda mais representativa para o estado no mês, apresentando a sua quarta retração consecutiva. Já a metalurgia teve a 11ª queda seguida na comparação com o mesmo mês do ano anterior e a maior retração absoluta do estado em julho, acumulando recuo de 35,2% em 12 meses.

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