Nesta terça (6), o governador afirmou ser “merecido” um piso nacional para a enfermagem, mas defendeu que, para isso, sejam reajustados, também, valores da tabela do SUS. Por isso defendeu que concorda com a suspensão momentânea do projeto em decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O Estado da Bahia, para servidores concursados, paga bem mais que o piso. O que acho é que o Congresso deveria, ao lado da justa e merecida aprovação do piso, ter reajustado a tabela do SUS ou dito qual era a fonte de financiamento disso”, avaliou o governador. “É como se eu dissesse ao meu filho que ele vai ganhar 10 bicicletas. Aí sua mulher pergunta com que dinheiro e você diz ‘não sei não'”, comparou, durante evento no Hospital Ana Nery, na Caixa D’Àgua.
Ele afirmou que foi procurado por representantes das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), desesperados com o impacto do novo piso no funcionamento da unidade e falando na possibilidade de fechar as portas. “A tabela do SUS está congelada há mais de 10 anos. Vou tirar de onde esse dinheiro? Não sei como o Congresso faz um negócio desse. Faz um aceno à categoria, diz que deu um presente, mas na conta de quem?”, questiona.