A Série B do Brasileirão entrou na reta final. A partir de agora restam apenas dez rodadas para definir os quatro clubes que vão jogar a primeira divisão em 2023 e as quatro equipes que serão rebaixadas para a Série C. Em segundo lugar na tabela, o Bahia está cada vez mais perto do acesso e faz as contas para alcançar o principal objetivo da temporada.
Único clube que integra o G4 desde o início da Série B, o tricolor soma 50 pontos. Depois da vitória sobre o Tombense, o time voltou a abrir nove pontos de distância para o Londrina, 5º colocado. De acordo com os cálculos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Bahia tem 96% de chance de ser promovido.
Os matemáticos apontam que, com 62 pontos, uma equipe atingirá 99% de chance de subir. Nesse cenário, restaria ao Esquadrão vencer quatro dos dez jogos restantes. O Bahia jogará quatro vezes na Fonte Nova e seis fora.
Assim, basta o time fazer o dever de casa para encaminhar o acesso. Entre os adversários, a equipe baiana ainda enfrenta como mandante: Operário, Brusque, Vila Nova e Guarani. Todos estão lutando contra o rebaixamento e só o Brusque não está no Z4 atualmente, em 15º lugar. O tricolor tem 100% de aproveitamento jogando na Fonte Nova no segundo turno.
Por outro lado, nos últimos jogos da temporada o Esquadrão terá o desafio de melhorar o desempenho como visitante, pois o clube ainda não venceu fora de casa na segunda metade do torneio. Em quatro partidas, sofreu três derrotas e somou um empate.
O primeiro compromisso fora de casa será quinta-feira (8), contra o Criciúma, no estádio Heriberto Hülse. Na segunda-feira (12), será a vez de encarar o Sport na Ilha do Retiro. As outras partidas longe de Salvador serão contra Chapecoense, Novorizontino, Grêmio e CRB.
Na análise do o meia Lucas Mugni, o que falta ao time é manter fora de casa a mentalidade que tem quando joga diante da torcida. No retrospecto geral, o Esquadrão é o 4º melhor visitante do torneio, com quatro vitórias, três empates e seis derrotas em 13 jogos, um aproveitamento de 38,5%. Fica atrás de Cruzeiro (50%), Chapecoense (42,9%) e Londrina (40,5%) no quesito.
“Temos muito para melhorar. É primordial a mentalidade para esses jogos que temos fora de casa. Não vamos conseguir o mesmo estilo [de jogo] pois o campo é diferente, mas a mentalidade tem que ser a mesma de quando jogamos em casa. Temos que ficar com a bola e ter mais controle do jogo”, disse o argentino.
Jogos restantes do Bahia:
Histórico
Desde que a Série B começou a ser disputada por pontos corridos, em 2006, só duas equipes que atingiram 50 ou mais pontos a dez rodadas do fim não conseguiram subir, o Vila Nova em 2008 e o São Caetano em 2012. Mesmo com o caminho bem pavimentado rumo à primeira divisão, Mugni alerta para o controle da ansiedade.
“No momento, a tabela está mostrando o que a gente está vivendo. A gente olha para cima e para baixo. A gente não pode esquecer. O grande objetivo é subir. O primordial. Se a gente estiver ainda com possibilidade, tem que continuar olhando para cima. É conquistar o primeiro objetivo, para, depois, ir em busca do outro”, analisou.
Outro ponto a ser observado é que além dos nove pontos de diferença para o Londrina, o tricolor tem quatro vitórias a mais do que o time paranaense. Ou seja, o concorrente precisaria de pelo menos quatro rodadas para ultrapassar o Bahia.
De acordo com a UFMG, atualmente o Londrina tem 18,6% de chance de subir. Líder com 59 pontos, o Cruzeiro aparece com 99,9% de possibilidade de retornar à Série A. Entre as equipes que formam o G4, o Grêmio aparece com 83% e o Vasco com 54,8%.
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia