O prefeito de Salvador, Bruno Reis, se posicionou favorável à decisão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, que suspendeu o piso para profissionais da enfermagem. Para Reis, as prefeituras ficariam “inadministráveis” e concordou com o ministro, que entendeu que o piso coloca em risco o funcionamento do setor. Barroso deu, ainda, 60 dias de prazo para entidades, conselhos, municípios e estados explicarem o impacto financeiro da lei.
Reis, ao concordar com o ministro, disse que é preciso lutar por salários melhores, mas se preocupar também com os recursos para pagar esses valores. “É um grande problema. Vocês estão vendo o enfrentamento que a prefeitura está tendo que ter em relação aos agentes de endemia por conta do piso. Se forem instituir piso para todas as categorias, as prefeituras ficarão inadministráveis. Enfermagem ainda tem efeito na iniciativa privada e organizações sociais”, destacou o prefeito, durante evento do CredSalvador, na manhã de hoje, no Uruguai.
“Vocês viram as Osid anunciarem que caso tenha que pagar o piso, inviabiliza o funcionamento da unidade. Defendemos salários melhores, justos, para todos profissionais, porém a medida que os pisos vão sendo aprovados, têm que vir os respectivos recursos para garantir o pagamento, senão a conta não fecha”, disse. Ele ainda criticou o Congresso Nacional pela aprovação da lei sem preocupação com as verbas. “O Congresso, especialmente em ano de eleição, fica adotando essas medidas sem garantir os recursos e isso vai inviabilizar o oferecimento do serviço por parte das prefeituras, rede privada e organizações sociais”, diz.
Ele diz não ter números exatos sobre como a prefeitura seria afetada pelo novo piso, já que a questão ainda seria analisada mais detalhadamente. “Vamos aguardar esses contextos jurídicos e legais para ver de que forma vamos implantar em Salvador”, finaliza.