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FIEB DEBATE PRATICAS ADMINISTRATIVAS EM EVENTO

Redação - 17/08/2022 07:56

Todas as empresas, independente do setor e do porte, podem aderir às práticas ESG, sigla em inglês que significa, em tradução livre, governança ambiental, social e corporativa. A governança corporativa ligada às práticas ESG já é adotada por empresas de todo o mundo e contribui para o desempenho sustentável das organizações. A prática, que pode ser exemplificada, entre outras medidas, por ações como a contratação de minorias e práticas  ambientalmente sustentáveis, amplia a competitividade empresarial, dando retorno aos acionistas, mas ouvindo todos que estão ligados à empresa.

Esses foram assuntos tratados no encontro Deveres e Responsabilidades dos Administradores em um Mundo ESG, que aconteceu na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Os palestrantes foram Antonio Carlos Júnior, presidente do conselho de administração da Rede Bahia; Pedro Melo, diretor-geral do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC); Richard Blanchet, sócio do escritório Blanchet Advogados; e Sandra Guerra, sócia-fundadora da Better Governance. A mediação foi feita por Albérico Mascarenhas, diretor-executivo do grupo Aliança e coordenador-geral do Núcleo Bahia do IBGC.

No encontro, os palestrantes ressaltaram que as empresas precisam trabalhar conectadas com a agenda ambiental, social e de governança. “ESG é a indicação de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades”, disse Richard Blanchet. Segundo ele, as práticas ESG cabem em qualquer tipo de empresa e organização. Mesmo que  o empresário diga que não lida com questões ambientais, o uso energia elétrica, da água e a forma de descarte lixo contam como agenda ambiental. A pauta social também está em qualquer instituição, seja na segurança do trabalho, nobem-estar do funcionário ou na flexibilidade de horário uma mãe, por exemplo. Já a governança é a forma como as empresas são geridas, que pode ser de forma mais  mais humanizada e transparente.

Blanchet exemplifica com algumas práticas do ESG que já fazem parte do escritório de advocacia. “A gente já procura ter grupos minorizados e prestamos trabalho voluntá rio. Todo mundo pode achar alguma coisa de contribuição”, citou. Na Rede Bahia, destacou  Antonio Carlos  Júnior, as práticas de governança já estão bem desenvolvidas e o objetivo agora é ampliar a parte social e ambiental. “Se você observar a redação, tanto no CORREIO como na TV Bahia, e também nas outras emissoras do interior, vai ver que temos muitos negros, mulheres e pessoas da comunidade LGBTQIA+. É uma diversidade bem grande e é uma prática que vai se acentuar”, afirmou.

O presidente do conselho administrativo da Rede Bahia pontuou, também, que as práticas ESG fortalecem o valor do negócio. “É claro que a questão econômica é forte e sustenta tudo isso, mas a governança, a preocupação social e ambiental fortalecem e aumentam o valor do negócio. Já estamos conversando dentro do conselho sobre formas de atuar mais na vertente ESG, inclusive alinhados com a própria Globo”, completou.

(Foto: Ana Lúcia Albuquerque/CORREIO)

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