O PT e a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretendem fazer mudanças na regra atual do teto de gastos para fortalecer investimentos públicos e o papel do Estado como indutor de projetos liderados pelo setor privado.
Segundo o colunista Daniel Rittner, do jornal Valor Econômico, tudo indica que haverá uma nova modelagem para os ativos e cita especificamente a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
A renovação antecipada das concessões de ferrovias deu seus primeiros passos no fim da gestão Dilma Rousseff, avançou sob Michel Temer e foi sacramentada por Jair Bolsonaro. Mais de R$ 20 bilhões estão sendo investidos por Rumo, Vale e MRS como contrapartida para os 30 anos adicionais de contrato. Mas com a FCA pode acontecer o contrário.
Segundo ele, a FCA tem a maior malha de trilhos e cruza vários Estados e concessão atual vence em agosto de 2026, ou seja, perto do prazo final. E Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo divergem sobre as obras compensatórias. Assim, muitos questionam se a esta altura do campeonato, não valeria mais a pena esperar o encerramento do contrato e preparar a relicitação da FCA.