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DEFLAÇÃO DE JULHO NA RMS É INFLUENCIADA PELA GASOLINA

Redação - 09/08/2022 13:20 - Atualizado 09/08/2022

Em julho, a deflação mensal histórica na Região Metropolitana de Salvador (-1,06%) foi resultado de recuos nos preços médios em quatro dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. O resultado foi fortemente influenciado pela queda verificada no grupo transportes (-5,26%), a mais intensa em 33 anos de série histórica, puxada pelo recuo mensal recorde no preço da gasolina (-16,97%). Além dela, o etanol também mostrou deflação intensa (-11,99%), fazendo os combustíveis, de uma forma geral, caírem de forma significativa (-15,49%), apesar da discreta variação positiva no diesel (0,10%)

A queda média dos preços de habitação (-2,54%), mais intensa em quase nove anos e meio (desde fevereiro de 2013, quando o IPCA do grupo havia sido de -2,97%), também teve papel central na deflação de julho na RM Salvador. A principal influência nesse sentido veio da energia elétrica (-10,30%), segundo item que individualmente mais contribuiu para a queda do IPCA no mês. O recuo nos combustíveis é resultado tanto da redução de 20 centavos no preço médio do produto vendido para as distribuidoras, anunciada em 20 de julho, como dos efeitos da Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, que reduziu o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.

Essa lei impactou também na queda do preço da energia elétrica, que teve efeito ainda da aprovação, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), das Revisões Tarifárias Extraordinárias de dez distribuidoras espalhadas pelo país, o que acarretou redução nas tarifas a partir de 13 de julho. Além de transportes e habitação, também foram registradas deflações nos grupos artigos de residência (-0,31%) e comunicação (-0,35%). Por outro lado, dentre os cinco grupos de produtos e serviços que seguiram com os preços em alta, a principal pressão inflacionária veio de alimentação e bebidas (0,70%), seguido por saúde e cuidados pessoais (0,74%).

Nos alimentos, o destaque ficou com o leite longa vida (25,22%) que teve o segundo maior aumento dentre as dezenas de produtos e serviços investigados para formar o IPCA na RM Salvador – ficou abaixo apenas da melancia (que aumentou 27,09%). Já itens como o tomate (-17,99%, maior deflação), a cenoura (-15,49%), a batata-inglesa (-9,06%) e a cebola (-6,36%) tiveram recuos expressivos nos preços médios, em julho. Entre as despesas com saúde e cuidados pessoais, a principal pressão inflacionária veio dos planos de saúde (1,07%).

 

Foto: divulgação

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