O aumento no número de casos de monkeypox (varíola dos macacos) levou a Prefeitura de Salvador a criar um protocolo específico para lidar com a doença. A capital tem nove casos confirmados e 43 pacientes com suspeita de infecção. Os detalhes foram apresentados pelo secretário municipal de Saúde, Décio Martins, nesta quarta-feira (3).
O gestor explicou que o Município vai disponibilizar 28 unidades básicas de referência para atendimento e coleta laboratorial e 16 unidades de urgência e emergência para receber os pacientes com suspeita da doença. Décio frisou que o protocolo não deve causar pânico, o objetivo é servir como ferramenta de informação para a população.
“Os protocolos servem para orientar a população sobre quando procurar nossas unidades e quais cuidados adotar para evitar a disseminação da doença e para se proteger. O objetivo é informar as pessoas sobre quando procurar as unidades de saúde. Por enquanto, os casos têm sido leve e, dos nove, quatro já estão curados”, afirmou. A monkeypox é uma doença viral. O paciente apresenta sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, linfonodos (nódulos no pescoço, axila e virilha), calafrios e exaustão, mas o principal indicativo é o aparecimento de erupções (bolhas) na pele, principalmente na boca e na genitália.
Quem apresentar os sintomas deve procurar uma das unidades de saúde. Nos casos suspeitos, o paciente deve ser isolado, inclusive do contato com a família, até que o resultado do exame fique pronto. A recomendação é procurar ajuda médica assim que notar o aparecimento das bolhas. Elas não devem ser estouradas e precisam ser higienizadas com água e sabão.
O teste é feito através do recolhimento da secreção que sai das bolhas. Existem quatro laboratórios no Brasil que fazem a análise do material, e Salvador está referenciada com a unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. O resultado é divulgado cerca de uma semana após a coleta. Quando procurar uma das 44 unidades disponíveis em Salvador, o paciente será isolado das demais pessoas presentes no posto e fará a coleta do material. É importante que ele esteja de máscara, porque a transmissão acontece através das gotículas respiratórias e do contato com as feridas. Caso não esteja usando a proteção adequada, ele receberá uma na unidade. Os sintomas persistem de duas a quatro semanas, e o isolamento pode durar até 21 dias. As 44 unidades entraram em operação a partir de segunda-feira (8).