O PT e o PSB, os dois principais partidos da aliança em torno da candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, estão nos estados com reuniões diárias em busca de um consenso para evitar atritos entre as legendas. Até o momento dois estados estão com mais dificuldade em caminhar justo. O Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro.
No Rio grande do Sul uma reunião amanhã (27) vai tentar acalmar os ânimos. No Rio de Janeiro a aliança com Marcelo Freixo (PSB) no Rio, diante da candidatura ao Senado de Alessandro Molon (PSB) está sendo debatida. Dirigentes do PT fluminense dizem que havia um acordo para que o candidato único a senador na chapa fosse o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT).
No Rio Grande do Sul, uma união entre PT e PSB chegou a ser anunciada ema 15 de junho. O entendimento, naquela ocasião, era de que o nome para disputar o governo seria discutido posteriormente. Passado mais de um mês, no entanto, não houve acordo. Tanto o ex-deputado federal Beto Albuquerque (PSB) quanto o deputado estadual Edegar Pretto (PT) mantiveram suas pré-candidaturas.
No sábado, o PSB aprovou em convenção a candidatura de Albuquerque. Ontem, o PT anunciou a pré-candidatura do ex-governador e ex-ministro Olívio Dutra ao Senado. Ele deseja cumprir um mandato coletivo, com participação ativa de dois suplentes, que também assumiriam o posto por meio de um rodízio. Indagado se ainda via possibilidade de composição com o PT, o presidente do PSB do Rio Grande do Sul, Mário Bruck, foi direto: — Se interessar ao PT colocar o nosso vice, tem.
Bruck acrescentou que há uma decisão partidária de não abir mão da candidatura a governador. No PT, a resistência ao candidato do PSB tem relação com os ataques que Albuquerque fazia ao partido de Lula até o começo do ano. Os petistas gaúchos também argumentam que o PSB fez parte da atual gestão do PSDB no estado.
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