O Banco Central Europeu (BCE), elevou sua taxa de juros em 50 bps (0,5 p.p.), algo que não acontecia há 11 anos. Atualmente, a principal preocupação da autoridade é o atual patamar da inflação. De acordo com a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, os preços ao consumidor (CPI) para a Zona do Euro subiram para 8,6% em junho – no acumulado de 12 meses. Um ano atrás a inflação estava em 1,9%. Os preços de Energia, que aumentaram quase 40% nos últimos 12 meses, representam 4,2 p.p. – quase metade do índice de inflação.
A autoridade monetária enfrenta um dilema: fazer os preços convergirem para a meta, sem que isso desacelere demais a economia da Zona do Euro. Esta, que não tem apresentado um crescimento tão robusto como, por exemplo, os EUA. Inflação alta, possibilidade de recessão, a própria demora em elevar as taxas de juros pelo BCE, os efeitos da guerra na Ucrânia e problemas de fornecimento de energia, são todos fatores que aumentaram as incertezas em relação ao bloco.
Para a próxima reunião, em setembro, a presidente do BCE disse após a decisão, que o ritmo de alta dos juros irá depender do cenário e do estado da economia. Mas deixou claro, que o caminho é de um aperto monetário.