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350 MIL FAMÍLIAS ENTRAM NA FILA DO AUXÍLIO BRASIL POR MÊS

Redação - 22/07/2022 07:10

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Cidadania, a fila de espera do Auxílio Brasil tem aumentado nos últimos meses em ritmo mais acelerado do que em anos anteriores. Desde abril, 350 mil famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza têm o cadastro aprovado por mês e aguardam para entrar no programa. Apesar dos bilhões de reais liberados via PEC (proposta de emenda à Constituição) para zerar a fila em agosto, técnicos do governo dizem não ser possível garantir que todos serão atendidos até o fim do ano, pois isso depende de como será a procura pelo benefício nos próximos meses.

Em 2019, por exemplo, essa média era de 200 mil famílias. O fluxo mais intenso deve gerar pressão no governo às vésperas da eleição. Para especialistas, a disparada da fila é reflexo do aumento da pobreza e de interesse de famílias de baixa renda que receberam o auxílio emergencial e querem continuar a receber algum benefício diante do empobrecimento e da inflação. De olho na reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu autorização do Congresso para um pacote que cria e eleva benefícios sociais. Uma das medidas aumentou de R$ 400 para R$ 600 o valor mínimo recebido por família no Auxílio Brasil, além de prometer zerar a lista de espera.

Com isso, o governo espera atender a 20,2 milhões de famílias a partir de agosto –cerca de 2 milhões a mais que atualmente. Mas, entre janeiro e maio (dado mais atualizado), 2,5 milhões de famílias se inscreveram no Cadastro Único –porta de entrada para programas sociais, sendo o principal o Auxílio Brasil. Há, portanto, pouca margem para atender mais que o número já calculado pelo governo. A intenção do Ministério da Cidadania é tentar manter a fila zerada até o fim do ano, mesmo que, para isso, precise de mais dinheiro para o programa. No entanto, esse plano depende de espaço no Orçamento e do comportamento da procura pelo Auxílio Brasil no segundo semestre.

Foto: divulgação

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