O procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Paulo Neto, enviou um ofício à nova presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Daniella Marques, recomendando que o salário do ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, seja suspenso. Guimarães renunciou ao cargo no fim de junho, após o site Metrópoles ter divulgado relatos de funcionárias que teriam sido vítimas de assédio moral e sexual por parte dele. No entanto, o estatuto do banco estabelece que funcionários afastados recebam o valor equivalente ao honorário mensal de sua função. Com isso, ele deve continuar recebendo salário mensal de R$ 56 mil.
A Caixa admitiu, em nota divulgada no fim de junho, que recebeu denúncias de assédio e abriu investigação interna em maio deste ano. O posicionamento foi divulgado após a demissão de Guimarães ter sido publicada no Diário Oficial da União (DOU). Ele havia sido indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019. Na carta com o pedido de demissão, o ex-chefe da estatal negou as acusações. Para o lugar de Guimarães, o governo anunciou Daniella Marques Consentino, considerada uma das protagonistas da gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia.