O vereador Kiki Bispo (União Brasil) reafirmou nesta segunda-feira (11) que a Prefeitura de Salvador devolveu à Câmara Municipal o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2023 ainda na última sexta-feira (8), no mesmo dia em que o Legislativo mandou a matéria ao Executivo. Segundo Bispo, a Câmara encaminhou o projeto à prefeitura e, poucas horas depois, decretou o recesso parlamentar.
A Prefeitura, explica Bispo, mandou o projeto de volta ainda na sexta, mas a Câmara alega fim do prazo. Para ele, esta não passa de mais uma manobra do vereador Geraldo Júnior (MDB), presidente da Câmara. Kiki Bispo ressaltou que o recesso decretado pelo presidente foi apenas para ganhar tempo e impossibilitar a votação da LDO, uma das mais importantes proposições para a cidade.
Ao decretar o recesso sem votar a LDO, Geraldo mais uma vez descumpriu o regimento interno da Câmara, que diz que “o primeiro período legislativo de cada Sessão Legislativa Ordinária não será interrompido sem a aprovação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias”. “Isso nunca aconteceu antes na história da Câmara. O que estamos vendo não é a autonomia do Legislativo, e sim uma tirania do presidente, que administra a Câmara de forma autoritária”, apontou Kiki.
No entanto, “muito além de prejudicar a cidade deixando de votar uma matéria de extrema relevância, o presidente da Câmara, candidato a vice-governador na chapa do PT, pensou em si próprio ao decretar o recesso de forma ilegal”, acrescenta o vereador.
“Mais uma vez deixa, ele de lado os interesses da cidade, preocupado apenas em ganhar tempo para sua campanha, que vai ladeira abaixo. Com o recesso, Geraldo também ganha tempo e deixa de cumprir uma recomendação do Ministério Público do Trabalho, que solicitou o afastamento do procurador jurídico da Câmara, que está sendo acusado de assédio moral e discriminação. O prazo terminou ontem e até agora nada”, afirmou.
Foto:
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
